São Paulo registra primeiro caso de gripe aviária

Ave silvestre foi encontrada no município de Ubatuba

06/06/2023 às 10:31 atualizado por Nanda Martins* - SBA | Siga-nos no Google News
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Primeiro foco de influenza aviária de alta patogenicidade no estado de São Paulo foi confirmado pelo Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) em uma ave silvestre da espécie Thalasseus maximus (trinta-réis-real) foi encontrada no município de Ubatuba, litoral norte. Também foi detectado mais um foco no Rio de Janeiro, em Niterói da mesma espécie. 

O Brasil continua livre de influenza aviária na criação comercial e continua exportando seus produtos para consumo de forma segura. O consumo de carne e ovos se mantém livre no país.

Todos os estabelecimentos ou criações de aves num raio de 10km dos focos nos estados são investigados e orientados quanto às medidas de prevenção, conforme prevê o Plano de Contingência de IAAP do Departamento de Saúde Animal. As ações para detecção, vigilância e prevenção da ocorrência do vírus no Brasil seguem acontecendo.

Acompanhamento

Ao todo são 24 confirmações de focos em aves silvestres nos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo.

A doença já foi identificada nas espécies: Thalasseus acuflavidus (trinta-réis-de-bando), Sula leucogaster (atobá-pardo), Thalasseus maximus (trinta-réis-real), Sterna hirundo (Trinta-réis-boreal), Sterna hirundinacea (trinta-réis-de-bico-vermelho), Megascops choliba (corujinha-do-mato), Cygnus melancoryphus (cisne-de-pescoço-preto), Chroicocephalus cirrocephalus (Gaivota-de-cabeça-cinza), Fregata magnificens (Fragata) e Nannopterum brasilianum (biguá).

Medidas de Biossegurança: 

A população deve evitar contato com aves doentes ou mortas. Caso encontre na sua região, acione o serviço veterinário local mais próximo ou realize a notificação por meio do e-Sisbravet.

Não existe registro de influenza aviária de alta patogenicidade em criações comerciais no Brasil. Porém é necessário que os produtores apliquem medidas de proteção contra o risco biológico. 

Segundo o veterinário Caius Gertz, para que a doença não atinja a cadeia produtiva é indispensável reforçar as medidas de biossegurança nas granjas. “Evitar contato das aves do plantel com as aves de vida livre, medidas de higiene, limpeza e desinfecção no ambiente em que as aves vivem, controle de pessoas e veículos que entram no criatório, desinfecção desses veículos que entram e saem, e entre outras ações que contribuem reforçar a biossegurança”, ele explica.

Com informações do Mapa 

*Com supervisão de Elaine Silva, jornalista. 

Foto: José Rondon/ Wiki Aves


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