Plano Safra buscará fomentar sustentabilidade e produção de alimentos

Ministro Paulo Teixeira adianta principais eixos da proposta

02/06/2023 às 10:01 atualizado por Lucas Caxito - SBA | Siga-nos no Google News
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O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, disse, nessa quinta-feira (1), que a pasta está trabalhando junto com os ministérios da Fazenda, da Agricultura e do Meio Ambiente, além do Banco Central, para elaborar o Plano Safra de modo que este abranja cinco componentes.

De acordo com o ministro, o primeiro objetivo é dar mais estímulo à produção de alimentos. Teixeira disse que o Brasil diminuiu a área plantada de feijão, arroz e hortaliças e que é preciso aumentar a plantação na medida em que o povo vai ganhando poder aquisitivo para que todos tenham alimento em grande quantidade na mesa. O segundo componente é a agricultura de baixo carbono, sustentável, regenerativa; o terceiro é o estímulo da agricultura praticada por mulheres e por jovens; o quarto é a promoção da agroindústria e o quinto componente é a produção de máquinas.

O ministro disse ainda que se adiantaria sobre as estimativas para o Plano Safra porque esses números, tanto para agricultura empresarial como para agricultura familiar, ainda não estão fechados dentro do governo.

Teixeira destacou que os números devem ser anunciados nas próximas nas três semanas, já que o plano tem que ser lançado em junho. Ele acrescentou que também ainda não existe uma estimativa de quanto será o investimento em máquinas para o setor da agricultura.

Ainda de acordo com o ministro, o objetivo do governo é que o programa tenha um braço de produção de máquinas menores, mais adaptadas para a agricultura familiar, já que as máquinas no Brasil atualmente são voltadas para a grande agricultura empresarial e pouco para agricultura familiar.

Marco temporal

Ao comentar a orientação do governo aos aliados na Câmara dos Deputados para votação do projeto de lei (PL) do marco temporal, o ministro disse entender que é necessário ter posições “de governo”, e não as próprias. Em sua avaliação, depois de o governo ter orientado a votar contra o PL e ter ocorrido o oposto, poderá haver tensão com as comunidades indígenas, que são ancestrais no país.

Políticas contra a fome

Sobre a insegurança alimentar e a fome, Teixeira afirmou que é necessário, em primeiro lugar, melhorar a renda da população. Segundo o ministro, o governo atual recuperou a política de valorização do salário mínimo e fez correção na tabela do Imposto de Renda. Ele lembrou também que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aumentou em R$ 1,5 bilhão o Programa Nacional de Alimentação Escolar.

O ministro citou ainda o Programa de Aquisição de Alimentos, que recebeu mais R$ 500 milhões para adquirir alimentos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que será fortalecido e automaticamente poderá produzir mais, garantindo o abastecimento e incentivando as compras por órgãos públicos.

Foto de capa: Valter Campanato/Agência Brasil


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