Reestruturação dos Ministérios é aprovada em Brasília

Medida prevê a criação de 37 pastas, sendo 31 ministérios e seis órgãos com status de ministério

01/06/2023 às 10:39 atualizado por Thiago Gonçalves - SBA | Siga-nos no Google News
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Por 337 votos a favor contra 125, foi aprovada na Câmara dos Deputados na noite desta quarta-feira (31), a MP (Medida Provisória) que reestrutura os ministérios do atual governo. Os parlamentares acataram destaque, apresentado pelo PL, para recriação da Funasa (Fundação Nacional da Saúde). A MP segue para apreciação do Senado e precisa ser aprovada até meia-noite de quinta-feira (1º), ou perderá a validade.

A medida teve apoio do governo, conforme anunciado pelo líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), e traz alterações nas funções de alguns ministérios, alterando a proposta original apresentada pelo governo federal.

Os parlamentares favoráveis argumentaram que o atual governo tem direito a organizar a estrutura pública da forma que desejar. Os contrários manifestaram que a reestruturação representa o inchaço da Esplanada dos Ministérios.

Ministérios

O parecer do deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL) alterou diversas competências dos ministérios, sendo o MMA (Ministério Meio Ambiente e Mudança do Clima) e o MPI (Povos Indígenas) os mais afetados.

Entre as mudanças no MMA, foi retirada da pasta a ANA (Agência Nacional de Águas), passando a supervisão do órgão ao MIDR (Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional).

Já o CAR (Cadastro Ambiental Rural), um cadastro eletrônico obrigatório a todas as propriedades e posses rurais, é transferido para o MGISP (Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos).

O MMA também perdeu o Sinisa (Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico), o Sinir (Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos) e o Singreh (Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos). Os três sistemas serão de responsabilidade do MCID (Ministério das Cidades).

O MPI (Ministério dos Povos Indígenas) deixará de cuidar da homologação de terras de povos originários, devolvida à pasta da Justiça e Segurança Pública.
Além disso, as atribuições da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) volta a pertencer ao Mapa; no começo do ano  a companhia foi vinculada ao MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário). 

Pelo texto aprovado, o Mapa ficará responsável pela garantia de preços mínimos, à exceção dos produtos da sociobiodiversidade, e as ações sobre comercialização, abastecimento e armazenagem de produtos, bem como o tratamento das informações relativas aos sistemas agrícolas e pecuários.

Confira a lista dos ministérios da nova estrutura:

  • Agricultura e Pecuária;
  • Cidades;
  • Cultura;
  • Ciência, Tecnologia e Inovação;
  • Comunicações;
  • Defesa;
  • Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar;
  • Integração e do Desenvolvimento Regional;
  • Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome;
  • Direitos Humanos e da Cidadania;
  • Fazenda;
  • Educação;
  • Esporte;
  • Gestão e Inovação em Serviços Públicos;
  • Igualdade Racial;
  • Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços;
  • Justiça e Segurança Pública;
  • Meio Ambiente e Mudança do Clima;
  • Minas e Energia;
  • Mulheres;
  • Pesca e Aquicultura;
  • Planejamento e Orçamento;
  • Portos e Aeroportos;
  • Povos Indígenas;
  • Previdência Social;
  • Relações Exteriores;
  • Saúde;
  • Trabalho e Emprego;
  • Transportes;
  • Turismo;
  • Controladoria-Geral da União.

Os órgãos com status de ministério são:

  • Casa Civil da Presidência da República;
  • Secretaria das Relações Institucionais da Presidência;
  • Secretaria-Geral da Presidência;
  • Secretaria de Comunicação Social;
  • Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
  • Advocacia-Geral da União (AGU).

Com informações Agência Brasil

Foto: Lula Marques/Agência Brasil
 


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