ABPA emite nota após confirmação do primeiro caso de H5N1 no RS

Ocorrência não afeta a condição do país como livre da gripe aviária

30/05/2023 às 16:13 atualizado por Thiago Gonçalves - SBA | Siga-nos no Google News
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Após confirmação oficial da detecção do primeiro foco de H5N1 (Influenza Aviária de Alta Patogenicidade) em aves silvestres no Rio Grande do Sul, a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) em conjunto com entidades ligadas ao setor avícola gaúcho, emitiu em nota reforçando a intensificação de ações de controle a doença, bem como a participação em reuniões do Comitê de Enfrentamento à Influenza Aviária de Alta Patogenicidade do Serviço Veterinário Oficial (Defesa Sanitária Animal, através do MAPA e da SEAPI).

O vírus foi identificado em aves marinhas da espécie Cygnus melancoryphus, conhecida como cisne-de-pescoço-preto, localizadas próximas à Lagoa da Mangueira, no município de Santa Vitória do Palmar/RS. 

A notificação de animais mortos ou doentes foi atendida pelo Serviço Veterinário Oficial e as amostras colhidas foram enviadas para o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Campinas, unidade referência da OMSA (Organização Mundial da Saúde Animal), que confirmou a doença.

A ocorrência não afeta a condição do estado gaúcho e do país como livre de IAAP (Influenza Aviária de Alta Patogenicidade), não impactando o comércio de produtos avícolas. Outra observação importante é que não existe risco no consumo da carne e ovos, porque a doença não é transmitida por alimentos, mas sim, pelo contato direto com aves infectadas.

Sintomas 

Os sintomas da H5N1 em aves são: dificuldade respiratória, secreção nasal e ocular, espirros, incoordenação motora, torcicolo e diarréia.

Orientação

A ABPA salienta aos produtores e a população gaúcha que ao identificar qualquer sintoma ou alta mortalidade em aves domésticas ou silvestres, que entrem em contato imediatamente com a inspetoria de defesa agropecuária do seu município ou notifique através do WhatsApp: (51) 98445-2033.

Confira na íntegra a nota da ABPA:

“Nota 003/05/2023: Detecção de foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade em aves silvestres no Rio Grande do Sul

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) em conjunto com a Organização Avícola do Estado do Rio Grande do Sul (O.A.RS) e suas entidades membros Associação Gaúcha de Avicultura (ASGAV) e Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Rio Grande do Sul (SIPARGS) reiteram que, conforme informado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, e pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (SEAPI) do Rio Grande do Sul, na data de ontem, ocorreu confirmação oficial da detecção de primeiro foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1) em aves silvestres localizadas próximas à Lagoa da Mangueira, no município de Santa Vitória do Palmar/RS. O vírus foi identificado em aves marinhas da espécie Cygnus melancoryphus, conhecida como cisne-de-pescoço-preto. A notificação de animais mortos ou doentes foi atendida pelo Serviço Veterinário Oficial e as amostras colhidas foram enviadas para o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Campinas, unidade referência da Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA), que confirmaram a doença.

Salientamos a intensificação de ações por parte das entidades através do apoio e da participação em reuniões do Comitê de Enfrentamento à Influenza Aviária de Alta Patogenicidade do Serviço Veterinário Oficial (Defesa Sanitária Animal, através do MAPA e da SEAPI). No que tange à vigilância sanitária animal, de maneira conjunta, promovemos reforços às medidas de biosseguridade da cadeia produtiva por meio do incentivo, orientação, promoção e educação de maneira acentuada desde março de 2022. Ademais, a efetiva participação na prevenção e no enfrentamento da Influenza Aviária ocorre em uma gestão realista, equilibrada e responsável. Organizamos reuniões de alinhamento e mobilização com comissões setoriais a fim da divulgação de informações técnicas embasadas sobre a temática Influenza Aviária de Alta Patogenicidade, como também promovemos a divulgação de informações coerentes para a mídia e ao público geral. Nos canais de comunicação das entidades O.A.RS e ABPA, assim como no site do MAPA e SEAPI, há materiais informativos e cartazes que reforçam nossas recomendações de prevenção e biosseguridade.

A ABPA e O.A.RS seguem realizando seu escopo de trabalho com foco na prevenção e no apoio aos produtores e ao Serviço Veterinário Oficial. Aqui cabe exaltar o importante trabalho de monitoramento e inspeção da biosseguridade da produção mantido pelo MAPA e pela SEAPI, em uma ampla estratégia nacional que tem preservado o status sanitário brasileiro como livre de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade perante a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

Neste sentido, ABPA e O.A.RS lembram que as exportações seguem em fluxo normal e que não há qualquer risco ao abastecimento de produtos, ao mesmo tempo que, segundo todos os órgãos de saúde internacionais, não há qualquer risco no consumo dos produtos.

Para produtores e a população, pedimos que, ao observar aves com dificuldade respiratória, secreção nasal e ocular, espirros, incoordenação motora, torcicolo, diarréia, ou alta mortalidade em aves domésticas ou silvestres, entre em contato imediatamente com a inspetoria de defesa agropecuária do seu município ou notifique através do WhatsApp: (51) 98445-2033.

Ricardo Santin
Presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal – ABPA
José Eduardo dos Santos
Presidente Executivo da Organização Avícola do Estado do Rio Grande do Sul
Associação Gaúcha de Avicultura – ASGAV
Sindicato da Indústria de Produtos Avícolas no Estado do RS – SIPARGS.”

Com informações da ABPA
Foto:J.Patrick Fischer/Wikipedia


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