CPI do MST faz leitura do plano de trabalho na Câmara dos Deputados

Colegiado realizará diligências no próximos dias nos estados de São Paulo, Bahia e Mato Grosso do Sul

23/05/2023 às 15:32 atualizado por Thiago Gonçalves - SBA | Siga-nos no Google News
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A CPI do MST deu início aos trabalhos na Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (23), com a leitura do plano de trabalho que deverá investigar as ações do Movimento Sem Terra. O plano foi apresentado pelo relator da Comissão, deputado federal Ricardo Salles (PL-SP).

Conforme o cronograma dos trabalhos, membros da CPI vão realizar diligências ao longo dos próximos dias nos estados de São Paulo, Bahia e Mato Grosso do Sul, onde terras produtivas foram alvos da ação do MST.

O colegiado é composto por 27 membros titulares e igual número de suplentes, tendo como presidente o deputado federal Tenente Coronel Zuccco (Republicanos-RS).

O prazo de atividades da CPI é de 120 dias, podendo ser prorrogado por mais 60 dias.

A CPI do MST foi instalada no dia 17 de maio com o objetivo de investigar as invasões de propriedade, depredação de patrimônio público e privado e crimes correlatos. 

Os trabalhos compreendem na apuração de denúncias relacionadas ao tema, bem como identificar os organizadores e financiadores das invasões, as autoridades que estejam se omitindo e prevaricando diante de suas obrigações legais. 

Deverão também adotar as medidas cabíveis visando o ressarcimento ao erário pelos prejuízos e danos causados pelos atos de vandalismo, assegurando o direito constitucional à propriedade privada, além de apurar atos que possam ser tipificados como crimes.

Uma vez instituída, a CPI passa a ter poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, podendo requisitar de órgãos e entidades públicas e privadas, relacionadas às investigações, informações e documentos.

No decorrer dos trabalhos, o colegiado poderá convocar testemunhas para oitivas e convidados que possam contribuir à elucidação dos fatos, além dos investigados que se mostrem nesta condição no curso da CPI.

A sociedade civil terá um canal aberto para que possam ser encaminhadas denúncias e outras contribuições relativas ao tema.

O colegiado poderá também, convidar ou convocar ministros de estado e outras autoridades cujas atribuições encontram-se interligadas ao tema. Contudo, Irá averiguar as denúncias relacionadas às invasões de propriedade, depredações de patrimônio público e privados, bem como crimes correlatos. 

Como já mencionado, farão diligências e visitas técnicas aos estados e municípios onde neste ano ocorreram invasões e a quaisquer outros onde existam assentamentos, ocupações e atividades em andamento que se enquadrem na CPI.

A Comissão terá poder de quebra de sigilos, podendo solicitar relatórios de inteligência e pareceres técnicos, contábeis e legais; além de promover visitas técnicas e diligências em todos os estados onde existem assentamentos instalados pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).

Identificar e analisar as proposições legislativas relacionadas ao objeto da CPI que se encontram tramitando na Câmara dos Deputados, está pautado nos trabalhos da CPI.

Após a conclusão do relatório final e identificando as irregularidades, a CPI do MST poderá encaminhar o documento ao Ministério Público, para que o órgão promova a responsabilidade civil e criminal dos infratores, bem como de autoridades que não estejam desempenhando a sua função e suas obrigações legais e, ainda, a requisição a outros órgãos responsáveis pela tomada das providências apontadas pela Comissão Parlamentar de Inquérito.

Foto:Reprodução/Câmara dos Deputados
 


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