PeixeBR pede ao governo regras mais favoráveis do Pronaf aos aquicultores

A discordância está na exigência de estudo de impacto ambiental aos projetos de piscicultura

20/04/2023 às 10:00 atualizado por Thiago Gonçalves - SBA | Siga-nos no Google News
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O Ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, recebeu da PeixeBR (Associação Brasileira da Piscicultura) o pedido de equiparação das regras do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) para liberação de créditos ao pequeno aquicultor, assim como já favorecem os pequenos produtores rurais, como por exemplo os agricultores.

A discordância da PeixeBR está na exigência de estudo de impacto ambiental para os pequenos projetos de piscicultura. “Se o pequeno produtor familiar chega lá e pede R$ 100 mil para criar vacas, o crédito sai. Agora se ele quer montar um tanque para cultivar tilápia, só sai se apresentar estudo de impacto ambiental”, explicou Francisco Medeiros, diretor presidente da PeixeBR.

Direcionado especificamente para apoiar pequenos produtores familiares, o Pronaf é regulado pelo Banco Central e operado pelos bancos públicos, como Banco do Brasil, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), bancos do nordeste e da Amazônia e também por cooperativas de crédito.

No caso do BNDES, que responde pelas operações mais ligadas a investimento, a atratividade é a taxa de juros de 5% ao ano. Os créditos têm teto de R$ 250 mil por projeto. Atualmente, novos empréstimos estão suspensos porque todo o orçamento já foi utilizado.

No Brasil, há 230 mil produtores rurais que cultivam peixes. Desses, 98% são pequenas unidades familiares.

A produção total de peixes de cultivo foi de 860 mil toneladas em 2022, sendo 63% desse número referente à tilápia – o país é o quarto maior produtor mundial da espécie.

Os piscicultores brasileiros captaram R$ 825 milhões em empréstimos no ano passado, mas mais de 90% desse valor foi direcionado ao custeio das atividades. Apenas pouco mais de R$ 50 milhões financiaram novos projetos e investimentos.

Com informações e foto do Ministério da Pesca e Aquicultura


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