Receita das exportações de carne bovina cai 29% em fevereiro

China continua sendo o maior importador da proteína brasileira

09/03/2023 às 10:00 atualizado por Elaine Silva - SBA | Siga-nos no Google News
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Em fevereiro as exportações de carne bovina - somando todas as carnes in natura e processadas - atingiram US$ 695,2 milhões e 152,28 mil toneladas. De acordo com a Abrafrigo (Associação Brasileira de Frigoríficos) e a Secex (Secretaria de Comércio Exterior) isso significa uma queda de 29% nas divisas e de 16% em volume, em relação a fevereiro de 2022, de US$ 974,3 milhões e 181.727 toneladas, respectivamente. 

A queda, no entanto, reflete apenas parcialmente a suspensão das exportações para a China, cujos resultados poderão ser mais visíveis no mês de março. Como em janeiro deste ano a receita da exportação havia crescido 7% e o volume 17%, no acumulado do ano o faturamento atingiu US$ 1,546 bilhão enquanto que a movimentação ficou em 336.102 toneladas. 

Na comparação com os dois primeiros meses de 2022, com seus US$ 1,772 bilhão e 339.188 toneladas, respectivamente, o resultado até aqui é diminuição de 13% na receita e de 1% no volume.

Principais países exportadores

A China continua sendo o maior importador da carne bovina brasileira. Em janeiro deste ano importou 100.165 toneladas e em fevereiro 72.536 toneladas. No acumulado deste ano, a China proporcionou receitas de US$ 840 milhões, com queda de 4,2% em relação a 2022 (USD$ 877,6 milhões) e movimentou 172.701 toneladas, com aumento de 22,6% na movimentação, na comparação com 2022 (140.918 toneladas). Os preços médios de exportações para a China também sofreram ajustes, com queda de 21,8% no primeiro bimestre do ano, em comparação com o mesmo período de 2022 (passaram de US$ 6.228 para US$ 4.869 por tonelada exportada).

Os Estados Unidos foram o segundo maior importador, proporcionando receitas de US$ 171,6 milhões (- 25,6% em relação a 2022), com movimentação de 35.651 toneladas (-18% na comparação com ano passado). O Chile foi o terceiro maior importador, com receita de US$ 53,9 milhões (US$ 55,2 milhões em 2022) e comprando 11.617 toneladas neste ano contra 11.436 toneladas no ano passado (+1,6%). 

O quarto importador foi o Egito, que proporcionou uma receita de US$ 42,8 milhões (queda de 64,4% em relação a 2022, com US$ 120,2 milhões) e movimentação de 12.338 toneladas (no ano passado 31.705 toneladas, queda de 61,1%). Na quinta posição veio Hong Kong, com diminuição nas receitas de US$ 63,6 milhões em 2002 para US$ 42,2 milhões nos dois primeiros meses de 2023. 

Veja a analise de Jorge Zainda e João Pedro Cuthi Dias

 

Com informações da Abrafrigo e Secex 
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
 


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