Economia brasileira deve crescer 0,84% em 2023

Mercado financeiro manteve o percentual de expansão do PIB em 1,5%

28/02/2023 às 11:27 atualizado por Daniel Catuver - SBA | Siga-nos no Google News
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Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O Boletim Focus desta semana, divulgado ontem (27) pelo Banco Central, revela que a previsão do mercado financeiro para o crescimento da economia brasileira este ano subiu de 0,8% para 0,84%. Segundo a pesquisa semanal, para o próximo ano, a expectativa para o PIB (Produto Interno Bruto), que representa a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, é de crescimento de 1,5%, a mesma previsão há nove semanas seguidas. Em 2025 e 2026, a projeta é de expansão do PIB em 1,8% e 2%, respectivamente.

Ainda segundo o boletim, a previsão para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), considerada a inflação oficial do país, variou para cima, passando de 5,89% para 5,9% neste ano. Para os próximos três anos, a estimativa de inflação ficou em 4,02%, 3,8% e 3,75%, respectivamente.

Para 2023, a previsão está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo Banco Central, definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) em 3,25%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 1,75% e o superior de 4,75%.

Da mesma forma, a projeção do mercado para a inflação de 2024 também está acima do centro da meta prevista, fixada em 3%, mas ainda dentro dos intervalos de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Em janeiro, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o IPCA ficou em 0,53% puxado principalmente pelo aumento de preços de alimentos e combustíveis.

Taxa de juros 

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 13,75% ao ano pelo Copom (Comitê de Política Monetária). A taxa está nesse nível desde agosto do ano passado e é o maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava nesse patamar.

Com as projeções para a inflação acima das metas para 2023 e 2024, o Banco Central prevê que os juros podem ficar altos por mais tempo que o previsto. Assim, a autarquia não descarta a possibilidade de novas elevações caso a inflação não convirja para o centro da meta definida pelo CMN, como o esperado, em meados de 2024.

Para o mercado financeiro, a expectativa é que a Selic termine o ano em 12,75% ao ano. Para o fim de 2024, a estimativa é que a taxa básica caia para 10% ao ano. E para 2025 e 2026, a previsão é Selic em 9% ao ano e 8,5% ao ano, respectivamente.

Já a expectativa para a cotação do dólar está em R$ 5,25 para o final de 2023. Para o fim de 2024, a previsão é que a moeda americana fique em R$ 5,30.

Com informações da Agência Brasil


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