Após embargo da carne bovina, Mato Grosso do Sul adere medidas preventivas

Exportações da China estão temporariamente suspensas, afetando frigoríficos do estado

01/03/2023 às 09:41 atualizado por Patrícia Martins* - SBA | Siga-nos no Google News
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Foto: Carnal do Boi

Diante da confirmação de um caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina, popularmente conhecida como “vaca louca”, no município de Marabá (PA), as exportações de carne para a China foram temporariamente suspensas desde quinta-feira (23). A nova medida impacta diretamente o mercado sul-mato-grossense em três importantes frigoríficos que exportam carne para o país asiático: o Naturafrig em Rochedo, FrigoSul em Aparecida do Taboado e Agroindustrial no município de Iguatemi.

De acordo com dados da Carta Conjuntura da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), o estado exportou no ano passado US$ 395,5 milhões e 61,5 mil toneladas de carne bovina para a China.

Segundo o secretário da Semadesc, Jaime Verruck o embargo vai afetar os preços do boi gordo e consequentemente a renda dos produtores, já que a composição de preço do “boi China” tem peso relevante para o mercado. "A decisão cria um impacto de redução na demanda internacional por carne. Então sobrará mais produto no mercado interno. Com isso o preço tende a cair. E além disso a remuneração do mercado China é superior ao mercado local e de outras localidades. Então isso faz com que tenha uma queda na remuneração dos produtores do Mato Grosso do Sul", afirma.

Ações

Na última sexta-feira (24), o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel recebeu o relatório com impacto causado devido ao embargo das exportações para China e também o resumo das ações da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) quanto ao sistema de vigilância interna.

A intenção é enviar ao Mapa (Ministro da Agricultura e Pecuária) um ofício com sugestões para o imediato restabelecimento do comércio com a China. Também foi feito um comunicado à OMSA (Organização Mundial de Saúde Animal), com amostras enviadas para o laboratório de referência da instituição em Alberta, no Canadá, para confirmar que o caso é atípico.

O SVO (Serviço Veterinário Oficial Brasileiro) está realizando a investigação epidemiológica que poderá ser continuada ou encerrada de acordo com os próximos resultados.

Vale resaltar que a produção da proteína animal para outros mercados internacionais e locais continuam normal em Mato Grosso do Sul.

Com informação da Semadesc

*Com supervisão de Débora Oliveira, jornalista.
 


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