Saiba como prevenir e identificar a gripe aviária

Ações preventivas que avicultores e população em geral podem aderir

23/02/2023 às 22:00 atualizado por Patrícia Martins* - SBA | Siga-nos no Google News
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Foto: Famasul

Com o aumento de casos da gripe aviária na América do Sul, a AVES (Associação dos Avicultores do Estado do Espírito Santo), apresenta medidas preventivas que os avicultores e a população em geral podem adotar.

A influenza aviária afeta espécies de aves domésticas como galinhas, gansos e patos. Apesar de ser raro em mamíferos, os seres humanos podem contrair a doença. De acordo com o médico-veterinário e coordenador do programa de Sanidade Avícola do IDAF (Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo), Leandro Marinho, a gripe aviária não é transmitida para os humanos pelo consumo de carne de aves e ovos, e sim, pelo contato com aves infectadas.  

Mesmo o Brasil sendo livre da doença, é preciso adotar medidas preventivas para evitar a entrada do vírus no país, alerta o especialista. “Apesar de nunca detectada no Brasil, é uma doença de distribuição mundial com ciclos endêmicos ao longo dos anos, capaz de interferir no comércio internacional de produtos avícolas, por isso é importante, ações de vigilância desta doença”.

Segundo a Auditora Fiscal Federal Agropecuária, da SFA/MAPA (Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento no Espírito Santo), Letícia Meireles Alves, a exposição direta a aves silvestres infectadas é o principal fator de transmissão da Influenza Aviária, pois essas aves atuam como hospedeiro natural e reservatório do vírus. 

Outros fatores de risco que contribuem para a transmissão do vírus, são a globalização, comércio internacional, mercados e feiras de vendas de aves vivas, falhas de biosseguridade das granjas e criações domésticas das aves para consumo próprio, que acabam estando mais desprotegidas. “Os produtores de aves comerciais e de criações domésticas devem estar em alerta para notificar qualquer suspeita de Influenza aviária na sua criação”, explica Letícia.

Sinais

Foto: Avisite

Uma das formas de prevenção está na observação das aves nas granjas, por isso, é importante que o produtor esteja atento aos sinais clínicos apresentados pelos animais como tosse, espirro, bico aberto, dificuldade respiratória, secreção nasal, inchaço da cabeça, torcicolo, andar cambaleante, depressão intensa, diarreia aquosa esverdeada ou branca, desidratação, mortalidade alta e súbita com ou sem sinais clínicos, queda de postura, produção de ovos deformados e/ou com casca fina, queda no consumo de água, alimento e cristas e barbelas arroxeadas.

Em caso de identificação de aves doentes, ou, alta mortalidade de aves, não se deve tocar nas aves, para evitar o contato com a doença.

Como os avicultores podem proteger suas aves?

Foto: Pixabay

De acordo com informações da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), a primeira linha de defesa contra a influenza aviária é seguir as medidas de biosseguridade das granjas impostas pela Instrução normativa nº 56, de 4 de dezembro de 2007, do MAPA, visando limitar a exposição aos riscos de entrada do vírus, principalmente o contato com aves silvestres.

Entre as orientações práticas aos produtores estão: usar roupas e calçados limpos ao entrar nos núcleos, desinfecção de veículos e materiais que acessem a granja, após viagens ao exterior, a pessoa deve cumprir o período obrigatório de quarentena de 14 dias sem visitas a instalações, evitar o contato dos animais das granjas com outras aves, especialmente aves silvestres e verificar rotineiramente a integridade das telas e cercas dos aviários.

A detecção precoce e a notificação de suspeitas da gripe aviária são importantes,pois permite uma resposta rápida de modo a evitar a disseminação da doença e como consequência, um prejuízo maior. 

Com informações da AVES

*Com supervisão de Elaine Silva, jornalista
 


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