Produtos ilícitos: fábrica clandestina é fechada em Goiás

Operação foi realizada por fiscais estaduais agropecuários e policiais da Delegacia do Consumidor no município de Itauçu

16/02/2023 às 23:00 atualizado por Lucas Caxito - SBA | Siga-nos no Google News
:
Indústria usava amido de milho e essência de queijo para aumentar a produção e obter consistência adequada do queijo para ralar
Foto: Agrodefesa de Goiás

A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), em parceria com a Delegacia do Consumidor da Polícia Civil, desencadeou operação nessa quarta-feira (15) para apurar a produção, embalagem e comercialização de produtos lácteos de forma irregular no município de Itauçu (GO).

No local, os agentes da Agrodefesa e policiais da Decon comprovaram o funcionamento da fábrica, que manipulava e acondicionava produtos em condições precárias de higiene, sem autorização de funcionamento, sem qualquer tipo de inspeção e controle de qualidade, impróprios para consumo, colocando em risco a saúde da população. A denúncia teve como base a detecção de produtos comercializados em estabelecimentos próximos de Goiânia.

Após todas as averiguações necessárias, tanto sanitárias quanto documentais, os fiscais e policiais apreenderam 1.500 quilos de produtos lácteos que foram inutilizados no aterro sanitário do município. No âmbito da Agrodefesa, a ação conduzida pela Gerência de Fiscalização Animal que, além da apreensão e inutilização, também aplicou multa ao proprietário.

Máquina de etiquetagem usada para identificar os produtos, passando a ideia de regularidade na produção e na inspeção 
Foto: Agrodefesa de Goiás

Irregularidades

A ‘indústria’ funcionava em um imóvel arrendado de um proprietário rural. No processo de fabricação, era usado uma espécie de essência artificial de queijo e amido de milho que, além de aumentar as quantidades fabricadas, também garantia a consistência adequada para que o produto fosse ralado e embalado.

Outra fraude cometida era o uso de uma etiquetadora para identificação fraudulenta dos produtos, com registro falso do Serviço de Inspeção Estadual (SIE). Mais ainda: usava rótulos e selos próprios da fábrica, mas sem registro em qualquer serviço de inspeção, caracterizando-se, portanto, como um estabelecimento clandestino, praticando concorrência desleal com as indústrias registradas.

O representante do proprietário da indústria recebeu a intimação elaborada pelos policiais da Delegacia do Consumidor, que terá de responder por crime contra os consumidores. O estabelecimento foi interditado e, portanto, não poderá funcionar. Nesses casos, também é aberto um processo para que os responsáveis respondam juridicamente pelo crime cometido.

Com informações da Agrodefesa de Goiás
Foto de capa: Agrodefesa de Goiás


Últimas Notícias