Estimativa indica safra recorde de 302 milhões de toneladas em 2023, aponta o IBGE

Segundo a entidade, resultado representa um aumento de 14,7% em relação a produção de 2022

08/02/2023 às 15:10 atualizado por Lucas Caxito - SBA | Siga-nos no Google News
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Foto: Wenderson Araujo/Trilux/Sistema CNA Senar

A safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas deve alcançar o recorde de 302 milhões de toneladas de acordo com a estimativa de janeiro do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado hoje (8) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica).

Este valor é 14,7% ou 38,8 milhões de toneladas maior que a safra obtida em 2022 (263,2 milhões de toneladas) e 1,9% acima (5,7 milhões de tonelada) da estimativa de dezembro de 2022. A expectativa é de recorde nas produções da soja e do milho.

A área a ser colhida foi de 75,8 milhões de hectares, apresentando crescimento de 3,5% frente à área colhida em 2022, aumento de 2,6 milhões de hectares. Em relação ao mês anterior, a área a ser colhida apresentou um crescimento de 537.459 hectares (0,7%).

Principal commodity do país, a soja cresceu 23,4% em relação a produção obtida em 2022, uma forte expansão, porém sobre uma base menor em 2022, devido aos problemas climáticos. A oleaginosa deverá atingir uma produção de 147,5 milhões de toneladas.

Quanto ao milho, a estimativa foi de 122,5 milhões de toneladas, (29,4 milhões de toneladas de milho na 1ª safra e 93,1 milhões de toneladas de milho na 2ª safra). Isso representa uma alta de 11,2% em relação a 2022.

Outro destaque é o café cuja produção está surpreendentemente aumentando em relação a 2022, com alta de 5,7%. Considerando-se as duas espécies, arábica e canephora, a produção somou 3,3 milhões de toneladas, ou 55,3 milhões de sacas de 60 kg. A estimativa para a espécie arábica é de um crescimento de 13,7%, apesar de 2023 ser um ano de bienalidade negativa.

Cinco regiões apresentam alta nas estimativas de produção

Em janeiro, a estimativa da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou alta na comparação com 2022 em cinco Grandes Regiões: a Centro-Oeste (8,6%), a Norte (11,1%). a Sudeste (1,0%), a Nordeste (1,8%), e a Sul (38,6%).

Quanto à variação mensal, apresentaram aumento a Região Norte (0,1%), a Sul (2,0%) e a Centro-Oeste (2,9%). As regiões Nordeste e Sudeste apresentaram estabilidade.  

Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos, com participação de 29,3%, seguido pelo Paraná (14,9%), Rio Grande do Sul (13,0%), Goiás (9,2%), Mato Grosso do Sul (8,1%) e Minas Gerais (5,8%), que, somados, representaram 80,3% do total.

Com informações do IBGE
Foto de capa: Wenderson Araujo/Trilux/Sistema CNA Senar


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