As chuvas volumosas e abrangentes nas principais regiões produtoras favorecem o desenvolvimento da soja e o plantio do algodão no Mato Grosso. A previsão é de uma safra de 90,897 milhões de toneladas no ciclo 2022/23, um aumento de 5,1% em comparação às 86,484 milhões de toneladas colhidas na 2021/22, de acordo com os dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). O crescimento é puxado pelo incremento de 5,9% na área total.
A produção de soja em Mato Grosso deve atingir 42,533 milhões de toneladas e a de algodão 5,087 milhões de toneladas. Para o milho segunda safra a estimativa se manteve em 44,079 milhões, volume acima do recorde verificado de 41,103 milhões de toneladas apontadas por ela na safra passada.
Soja
As chuvas volumosas e abrangentes trouxeram alívio nas lavouras implantadas em solos arenosos e que vinham sofrendo com insuficiência hídrica, principalmente nos extremos leste e oeste matogrossense. Essas regiões tendem a ter uma redução na produtividade nos primeiros talhões semeados.
A maioria das lavouras se encontra no estágio de enchimento de grãos, contando com bom vigor no desenvolvimento. A colheita ainda está na fase inicial, concentrando-se nas áreas que serão, na sequência, convertidas para a semeadura do algodão de segunda safra.
Algodão
Com cerca de 5% do algodão semeado, o clima mostrou-se propício para a cotonicultura, pois as chuvas, até o momento, regulares, permitiram umidade suficiente no solo para o desenvolvimento inicial da planta.
Com o início da semeadura do algodão as primeiras áreas semeadas foram dedicadas à cultura de primeira safra, enquanto a de segunda avança ao passo que a soja vai sendo colhida. Por ocasião da boa condição de umidade no solo para o cultivo, a semeadura do algodão de sequeiro segue avançando conforme o cronograma, com plantas apresentando bom desenvolvimento nos estádios iniciais.
Arroz
Em relação ao arroz, o baixo volume de precipitações não foi suficiente para a realização da semeadura nas principais áreas produtoras no estado. Há previsão de redução no plantio devido ao baixo preço para os produtores, o que desestimula o cultivo.
Feijão-caupi
A condição climática está sendo benéfica para o desenvolvimento do feijão-caupi na maioria das áreas produtoras. As lavouras se encontram, na maioria, em estádio vegetativo e de florescimento, apresentando desenvolvimento adequado. A evolução vegetativa é considerada boa e o resultado do regime de chuva é satisfatório, alinhando qualidade do solo e suporte de irrigação quando necessário.
Milho
As chuvas de dezembro foram suficientes para proporcionar um bom desenvolvimento vegetativo do milho e a semeadura foi finalizada no Estado. Além de fornecer matéria-prima, em sua maior parte, para as indústrias de etanol, o cultivo do cereal de primeiro ciclo tem a função agronômica na rotação de cultura nos solos que receberão o algodão de segunda safra, isto é, os solos mais férteis da propriedade. Por essa razão, somada ao regime de chuvas adequadas, a gramínea tem apresentado bom desenvolvimento vegetativo.
Com informações da Conab
Foto capa: Roberto Kazuhiko/Embrapa