Comer e beber ficou mais caro em 2022, aponta o IBGE

Inflação oficial do Brasil fechou o ano em 5,79% puxada, principalmente, pelos alimentos e bebidas

10/01/2023 às 15:54 atualizado por Daniel Catuver - SBA | Siga-nos no Google News
:
Foto: Luiz Magnate/Embrapa

Em 2022, os custos com alimentação e bebida provocaram indigestão nos brasileiros. Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgados nesta terça-feira (10), mostram que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial, fechou o ano com uma taxa acumulada de 5,79%, abaixo dos 10,06% acumulados em 2021.

Segundo o levantamento, a inflação acumulada de 2022 foi puxada principalmente pelos alimentos e bebidas, que tiveram alta de preços de 11,64%, acima dos 7,94% do ano anterior. Também tiveram impacto importante os gastos com saúde e cuidados pessoais, que ficaram 11,43% mais caros. O grupo de despesas vestuário apresentou a maior variação no mês, com índice de 18,02%.

O setor de transporte ajudou a frear o IPCA de 2022 ao registrar queda de preços de 1,29% no ano. Em 2021, esse grupo de despesas havia acumulado inflação de 21,03%. O grupo comunicação também fechou o ano com deflação de 1,02%. Os demais grupos apresentaram taxas de inflação entre 0,7% 7,89%.

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Dezembro

No último mês de 2022, a inflação oficial, medida pelo IPCA, ficou em 0,62%, resultado acima do 0,41% do mês anterior, mas abaixo do 0,73% de dezembro de 2021. A maior alta de preços do mês veio do grupo saúde e cuidados pessoais (1,60%), que também teve o maior impacto na inflação oficial no período. Os itens com maior impacto nesse grupo foram produtos de higiene pessoal (3,65%), em especial os perfumes que, com uma alta de 9,02% tiveram o maior impacto individual no IPCA.

Com uma inflação de 0,66%, os alimentos e bebidas tiveram o segundo maior impacto na inflação oficial de dezembro, puxados pelas altas de preços de produtos como tomate (14,17%), feijão-carioca (7,37%), cebola (4,56%) e arroz (3,77%).

De acordo com o IBGE, nenhum grupo de despesas apresentou redução de preços no mês. No entanto, grupos como transporte e habitação registraram mais baixas que em novembro. Os transportes tiveram taxa de 0,21% em dezembro, abaixo do 0,83% de novembro, devido às quedas de preços da gasolina (1,04%), óleo diesel (2,07%) e gás veicular (0,45%).

As altas de preços do etanol (0,48%), das passagens aéreas (0,89%) e dos pedágios (3%) mantiveram os transportes com inflação. Habitação passou de 0,51% em novembro para 0,20% em dezembro, devido às altas menos intensas no 12º mês do ano de itens como aluguel residencial (0,40%) e energia elétrica residencial (0,20%).

Com informações da Agência Brasil


Últimas Notícias