Preço do frete sobe em todas os estados analisados pela Conab

Demanda pelo serviço enfraqueceu devido à entressafra em grande parte do país

28/12/2022 às 19:33 atualizado por Daniel Catuver - SBA | Siga-nos no Google News
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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

No mês de novembro de 2022, o preço do frete aumentou em todas as praças analisadas pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). De acordo com a edição de dezembro do Boletim Logístico, publicado nesta quarta-feira (28) pela estatal, a variação de preços oscilou entre 9% (na rota Campo Mourão a Paranaguá - PR) e 96% (na rota Cristalina a São Simão - GO) em relação ao mesmo período do ano passado. Em contrapartida, na comparação com outubro deste ano, foi constatada estabilidade ou pequenas variações.

Segundo a Conab, no mês analisado, a demanda por fretes enfraqueceu em grande parte dos estados analisados, com movimento típico de entressafra. A expectativa é que o reaquecimento ocorra a partir de janeiro de 2023, com a aceleração da colheita de soja.

De forma geral, o mercado interno manteve uma demanda firme de grãos e farelos com destino às regiões produtoras de rações animais no Sul do Brasil, compensando parcialmente a diminuição no volume das exportações.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Com relação aos preços, as demais praças seguem comportamento semelhante ao registrado no estado goiano, com aumento geral das cotações de frete quando comparado com o mesmo período de 2021. Já com relação aos valores praticados no mês passado, houve uma leve queda para a maioria das praças.

Ainda conforme o boletim, em alguns locais foi observado questões pontuais que contribuíram para as oscilações. Em Mato Grosso do Sul, por exemplo, as incertezas em relação ao momento político, a expectativa quanto ao comportamento do mercado, entre outros fatores, influenciaram para a redução das movimentações dos produtos rumo aos portos. No Distrito Federal, o clima chuvoso deste período também foi um fator que limitou os embarques locais de grãos.

Já no Paraná, além dos protestos nas rodovias, a queda na demanda também decorreu da baixa disponibilidade de soja na região de Ponta Grossa, uma vez que cerca de 99% da produção já havia sido comercializada. Na região do Sealba (Sergipe, Alagoas e Bahia) e centro do estado baiano, houve equilíbrio entre oferta e demanda para o transporte de milho e hortifrutis e as cotações apresentaram-se estáveis. No Piauí, a tendência de queda nos preços pode ser explicada principalmente pela diminuição dos estoques, como observado em outubro e intensificado em novembro.

Com informações da Conab


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