Projeções para inflação em 2022 e 2023 são alteradas

A estimativa é de que o índice feche este ano em 5,64%

27/12/2022 às 10:15 atualizado por Daniel Catuver - SBA | Siga-nos no Google News
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Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (26) pelo Banco Central, mostra que o mercado financeiro reduziu a estimativa para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), considerada a inflação oficial do país, de 5,76% para 5,64% em 2022. Para 2023, a projeção da inflação avançou de 5,17% na semana passada para 5,23% nesta semana. Para 2024 e 2025, as previsões são de inflação em 3,6% e 3,2%, respectivamente.

A pesquisa semanal do Banco Central com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos, revela que a previsão para 2022 está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pela instituição, definida pelo Conselho Monetário Nacional em 3,5%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. O limite inferior seria de 2% e o superior, de 5%.

Da mesma forma, a projeção do mercado para a inflação do próximo ano também está acima do teto previsto. Para 2023 e 2024, as metas fixadas são de 3,25% e 3%, respectivamente, também com os intervalos de tolerância de 1,5%. Ou seja, para 2023 os limites são 1,75% e 4,75%.

Em novembro, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a inflação subiu 0,41%, puxada pelo aumento de preços de combustíveis e alimentos. Com o resultado, o IPCA acumula alta de 5,13% no ano e 5,90% em 12 meses.

Taxa de juros

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros (Selic), definida em 13,75% ao ano pelo Copom (Comitê de Política Monetária). A taxa está no maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava nesse patamar.

A próxima reunião do comitê está marcada para 31 de janeiro e 1° de fevereiro de 2023. Para o mercado financeiro, a expectativa é que a Selic seja mantida nos mesmos 13,75% ao ano nessa primeira reunião do ano. Mas para o fim de 2023, a estimativa é de que a taxa básica fique em 12% ao ano, contra 11,75% ao ano previstos na semana passada. Já para 2024 e 2025, a previsão é de Selic em 9% ao ano e 8% ao ano, respectivamente.

PIB e câmbio

A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira este ano foi ajustada para 3,04% frente a 3,05% na semana passada. Para 2023, a expectativa de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, foi mantida em 0,79%. Para 2024 e 2025, o mercado financeiro revisou a expectativa de crescimento do PIB de 1,67% para 1,5% e de 2% para 1,9%, respectivamente.

Com relação à cotação do dólar, a expectativa está em R$ 5,25 para o final deste ano. Para o fim de 2023, a previsão é que a moeda americana fique em R$ 5,27, contra R$ 5,26 na semana passada.

Com informações da Agência Brasil


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