Desempenho de lavouras na safra 22/23 apresenta bom resultado

Chuvas em excesso atrasaram plantio de culturas em algumas regiões do Brasil

31/12/2022 às 08:11 atualizado por Daniel Catuver - SBA | Siga-nos no Google News
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Foto: Pixabay

O Boletim de Monitoramento Agrícola, divulgado na semana passada pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), revela que os principais estados produtores do país apresentam boa condição de desenvolvimento das lavouras no início da safra 2022/2023. O estudo avalia a situação agrometeorológica e o comportamento dos índices de vegetação obtidos a partir do sensoriamento remoto e de modelos matemáticos para avaliar o desenvolvimento das plantas em diversas regiões produtoras.

Segundo o informativo, o atraso no início da estação chuvosa, que adiou o plantio de parte das lavouras, causou alterações negativas do índice de vegetação no oeste da Bahia, que se destaca como o maior estado produtor de soja do Matopiba – região que inclui os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. No extremo-oeste baiano, os dados de satélite mostram que a maioria das áreas se encontra em desenvolvimento vegetativo.

Já na região Sul, a combinação do excesso de chuvas com baixas temperaturas e o atraso na colheita do trigo atrasaram a semeadura e o desenvolvimento da soja na metade Sul do Paraná. Entretanto, os gráficos de evolução do índice de vegetação mostram que a safra atual está evoluindo acima da média, indicando um bom potencial produtivo.

No Oeste Catarinense e no Rio Grande do Sul, observa-se que o impacto do excesso de chuvas e das baixas temperaturas entre outubro e dezembro atrasaram a implantação e o desenvolvimento das lavouras de milho primeira safra e soja na safra atual. Atualmente, a falta de chuvas tem acelerado o ciclo das lavouras e reduzido o porte das plantas. Segundo os dados de satélite, as condições indicam uma redução no potencial produtivo principalmente do milho primeira safra.

Nos estados do Centro-Oeste, os índices vegetativos indicam que a maior parte das áreas se encontra em desenvolvimento vegetativo, floração e enchimento de grãos. No sul goiano, a falta de chuvas em novembro diminuiu o vigor e o potencial produtivo de parte das lavouras. No sudoeste de Mato Grosso do Sul e no oeste paranaense, períodos com falta ou excesso de chuvas influenciaram no ritmo de semeadura da soja. Contudo, em função das intempéries climáticas que afetaram as lavouras no ciclo passado, o índice da safra atual está bem acima da safra anterior para a região.

Análise climática

Foto: Pixabay

No geral, de acordo com a Conab, as chuvas contribuíram para a elevação do armazenamento hídrico no solo, favorecendo o desenvolvimento e a semeadura dos cultivos de verão. O mapa da média diária de armazenamento hídrico no solo no período de 1° a 21 de dezembro indica que os índices de umidade foram suficientes para o desenvolvimento, a floração e o enchimento de grãos dos cultivos de verão em todos os estados produtores das regiões Centro-Oeste, Sudeste e do Matopiba. A exceção é a região Sul em razão do atraso na semeadura e da falta de chuvas.

Com informações da Conab


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