Produção de carne bovina deve recuperar 2,9% em 2023, prevê a Conab

Exportação do produto brasileiro tem contribuído para sustentar o mercado neste ano

22/12/2022 às 10:03 atualizado por Daniel Catuver - SBA | Siga-nos no Google News
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Foto: Abiec

Dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) indicam que os preços médios do boi gordo apresentaram queda pelo quarto mês consecutivo. Em novembro, o recuo foi de 2,17% na comparação com outubro. Entretanto, o final da entressafra proporciona um mercado mais ajustado e, com o aumento da demanda causado pelas festividades de fim de ano, o cenário aponta para a sustentação dos preços nos próximos períodos.

A boa notícia é que o contexto de queda no consumo interno causado pelo baixo poder aquisitivo do consumidor ao longo de 2022 já começa a desacelerar. Enquanto isso, as primeiras estimativas para 2023 apontam para uma recuperação de 2,9% na produção de carne bovina no Brasil.

O aumento das vendas externas tem diminuído os efeitos da crise no consumo interno e o bom ritmo contribui para sustentar o mercado. O volume de exportações em novembro deste ano foi 67,8% superior ao obtido no mesmo período de 2021. O preço em dólar por tonelada de carne também tem registrado sucessivas quedas desde junho. No 12º mês de 2022, a redução foi de 10,2% em relação ao mês anterior.

Apesar da redução da demanda chinesa, que limitou as exportações de carne bovina no mês passado, o volume acumulado do exportado em 2022 é recorde, com 2,78 milhões de toneladas. O mercado internacional apresenta aumento da demanda pelo produto brasileiro motivado pelos conflitos no leste europeu e, ainda, pela forte demanda chinesa, cujas dificuldades de suprimento de proteína animal ainda são elevadas como decorrência da Peste Suína Africana. Embora as exportações se mantenham firmes, a China continua a pressionar os preços para baixo.

Frangos e suínos

Foto: Arquivo/Canal do Boi

No caso da carne de frango, de acordo com a Conab, a alta demanda em razão dos preços da carne bovina e das festas de fim de ano ainda não foi o suficiente para acompanhar a evolução da oferta, pressionando os preços também para baixo. As exportações devem fechar o ano com desempenho recorde, aproximadamente 5% acima do observado em 2021.

Já para a carne suína, a tendência de desaceleração gradativa da demanda chinesa continua. Dessa forma, a balança deverá fechar o ano com ligeira redução de volume e de receita em 2022 na comparação com o ano anterior.

Com informações da Conab


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