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A produção cafeeira do país fecha a safra 2022 com saldo positivo de 50,92 milhões de sacas de café, uma alta de 6,7% na comparação com a temporada anterior. Já em relação ao ciclo 2020, o índice registrou queda de 19,3%, que corresponde a 12,1 milhões de toneladas, devido às adversidades climáticas que atingiram as lavouras. As informações fazem parte do 4º Levantamento da Safra de Café 2022, disponibilizado pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) na semana passada.
Com relação à área destinada ao desenvolvimento da cultura no país, em 2022 foram 2,2 milhões de hectares, sendo 1,8 milhão/ha para lavouras em produção, o que representa um crescimento de 1,8% em relação ao ciclo anterior. Já as áreas em formação tiveram 400,6 mil hectares, alta de 0,6% de área total cultivada em comparação à safra anterior.
Das lavouras em produção, estima-se 1,5 milhão/ha para o café arábica e 389 mil/ha para o conilon. A produtividade do arábica foi de 22,5 sacas por hectare, saldo positivo de 2,7% em relação à safra de 2021. Já o café conilon registrou produtividade média de 46,8 sacas por hectare, alta de 7,9% na comparação com a última safra.
Ainda de acordo com a Conab, a produção das duas espécies também cresceu no país. O volume do tipo arábica chegou a 32,7 milhões de sacas (+4,1%) e o conilon atingiu 18,1 milhões de sacas (+11,7%).
Mercado
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De acordo com o Ministério da Economia, o Brasil exportou cerca de 36,4 milhões de sacas de 60 kg de café no acumulado de janeiro a novembro de 2022. Esse volume representa uma redução de 5,3% na comparação com o mesmo acumulado de 2021. Apesar da queda no volume comercializado, a valorização do café no mercado internacional contribuiu para que o Brasil exportasse cerca de US$ 8,4 bilhões até novembro, o que representa um aumento de arrecadação de 52% na comparação com o mesmo período de 2021.
Bienalidade da Cafeicultura
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O Boletim aponta que as condições meteorológicas registradas entre maio e setembro de 2021 foram determinantes para o impacto do ciclo de bienalidade das lavouras no país, ou seja, a produtividade do café oscilou de um ano para o outro, caracterizando um ano de bons resultados seguido de um ano com baixa produtividade.
Em Minas Gerais, nesta safra de bienalidade, foram produzidos 22 milhões de sacas de café, uma queda de 0,8% em relação à safra de 2021, mas em comparação com 2020 a redução foi de 36,6%.
No Espírito Santo, segundo maior produtor de café no país, a produção foi de 16,7 milhões de sacas. Para o conilon, o montante é de 12,4 milhões de sacas, alta de 10,1% em relação à safra anterior. Para a espécie arábica, a produção foi de 4,4 milhões de sacas, incremento de 48,1% em relação ao último ciclo.
Nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Bahia, Mato Grosso, Rôndonia e Amazonas registraram aumento na produção. Já no Paraná, onde o cultivo é exclusivamente de café arábica, houve uma retração de 43,2% na produção do grão, fechando com 497,9 mil sacas.
Com informações da Conab
*Com supervisão de Daniel Catuver, jornalista