ABPA recomenda suspensão de visita às granjas após casos de Influenza Aviária

Atualização dos protocolos de biossegurança ocorreu após registro de casos na América do Sul

10/12/2022 às 08:45 atualizado por Daniel Catuver - SBA | Siga-nos no Google News
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Foto: Famasul

A ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) divulgou na quinta-feira (8) a atualização de seu protocolo de biosseguridade setorial, no qual recomenda a suspensão imediata das visitas à granjas, frigoríficos e demais estabelecimentos da avicultura do Brasil. A decisão foi tomada no âmbito do conselho diretivo da associação devido aos recentes registros de casos da doença no continente sul-americano e é válida tanto para brasileiros quanto para estrangeiros.

De acordo com o texto, apenas quem trabalha diretamente e exclusivamente na respectiva unidade produtiva deve ter o acesso autorizado. A recomendação vale independentemente do cumprimento de “vazios sanitários”, medidas anteriormente tomadas para que o acesso fosse autorizado, no qual o profissional proveniente de outros países cumpria um período de quarentena para atestar ausência de qualquer contaminação.

A associação recomenda, ainda, que necessidades específicas e emergenciais sejam analisadas com base no protocolo. A entidade também realiza uma campanha massiva setorial com orientações voltadas aos avicultores brasileiros, como a higienização das mãos e troca de roupas e sapatos antes de acessar as granjas; desinfecção de todos os veículos que acessem a propriedade (de passeio ou transporte); higienização de todas as roupas e sapatos em caso de retorno de viagem ao exterior; bem como evitar o contato dos animais das granjas com outras aves, principalmente aves silvestres.

Foto: Lucas Scherer/Embrapa

Vale destacar que o Brasil nunca registrou nenhum caso de Influenza Aviária em seu território. De acordo com o presidente da ABPA, Ricardo Santin, todo o setor produtivo nacional foi convocado a intensificar as medidas para manter o status sanitário do país. “Os casos registrados na América do Sul ocorreram no litoral, em aves aquáticas locais e migratórias. Existem questões geográficas que também protegem o nosso setor desta enfermidade que afeta apenas os animais. Neste sentido, queremos reforçar a estratégia setorial para evitar que o problema adentre as produções industriais do país. Estamos em alerta total para manter o Brasil em sua posição como maior exportador mundial e segundo maior produtor de carne de frango, além de expressivo produtor de ovos”, afirma.

A ABPA não espera que as notificações de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade em aves silvestres ou outras que não sejam de produção industrial, bem como a doença de Baixa Patogenicidade em aves domésticas ou de cativeiro afetem o status sanitário do país e gerem fechamento de mercado à luz dos regulamentos da OMSA (Organização Mundial de Saúde Animal).

Com informações da ABPA


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