
As negociações de milho nos portos seguem intensas desde o início deste mês, impulsionadas pela maior demanda externa, no interior do país, com a liquidez em baixa, segundo os dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).
Até a terceira semana de novembro (considerando-se 12 dias úteis), os embarques brasileiros já superaram o volume escoado no mesmo mês do ano anterior. Isso porque, atentos às valorizações nos portos e à espera de novas altas nos preços, agricultores priorizam as vendas ao mercado externo e limitam a disponibilidade no spot nacional. Esse cenário, somado à maior presença de compradores, vem elevando os valores do milho. A demanda mais aquecida nos portos brasileiros ocorre mesmo em período de colheita nos Estados Unidos.
A maior procura externa é influenciada pela oferta global enxuta, tendo em vista problemas climáticos no Hemisfério Norte, que reduziram a oferta, e o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, que resulta em limitações da logística no Mar Negro. Por sua vez, os estoques brasileiros confortáveis e a expectativa de safra verão volumosa estimulam produtores a negociarem o milho para exportação.
Com informações do Cepea
Foto capa: Divulgação/CNA