Estimativa para inflação em 2022 chega a 5,91%

Projeção do mercado financeiro para o PIB variou para 2,81%

28/11/2022 às 11:01 atualizado por Daniel Catuver - SBA | Siga-nos no Google News
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Foto: Agência Brasil​​​

A previsão do mercado financeiro para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), considerada a inflação oficial do país, subiu de 5,88% para 5,91% para este ano. Segundo o Boletim Focus, divulgado hoje (28) pelo Banco Central, com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos, para 2023, 2024 e 2025 a projeção da inflação ficou em 5,02%, 3,5% e 3%, respectivamente.

A previsão para 2022 está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monetário Nacional em 3,5% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 2% e o superior de 5%.

Da mesma forma, a projeção do mercado para a inflação de 2023 também está acima do teto previsto. Para 2023 e 2024, as metas fixadas são de 3,25% e 3%, respectivamente, também com intervalos de tolerância de 1,5 ponto percentual. Ou seja, para 2023 os limites são 1,75% e 4,75%.

De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em outubro, após três meses de queda de preços, a inflação subiu 0,59%. Com o resultado, o IPCA acumula alta de 4,7% no ano e 6,47% em 12 meses. Para novembro, o IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15), que é a prévia da inflação, também aumentou 1,17%.

Taxa de juros

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa a Selic, que é a taxa básica de juros, como principal instrumento, definida em 13,75% ao ano pelo Copom (Comitê de Política Monetária). A taxa está no maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava nesse patamar.

Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre o ano nos mesmos 13,75%. Já para o fim dos anos de 2023, 2024 e 2025 a estimativa é de que a taxa básica caia para 11,5%, 8,25% e 8% ao ano, respectivamente.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

PIB e câmbio 

Foto: Agência Brasil

Ainda conforme o boletim, a projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano também variou de 2,8% para 2,81%. Para 2023, a expectativa para o PIB (Produto Interno Bruto), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, cresça 0,7%. Para 2024 e 2025, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,7% e 2%, respectivamente.

A expectativa para a cotação do dólar está em R$ 5,27 para o final deste ano. Para o fim de 2023, a previsão é de que a moeda americana fique em R$ 5,25.

Com informações e fotos da Agência Brasil


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