Alagoas inicia terceira etapa de vacinação contra peste suína

Objetivo é imunizar pelo menos 130 mil animais até o final deste ano

03/12/2022 às 11:10 atualizado por Daniel Catuver - SBA | Siga-nos no Google News
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Foto: Wenderson Araújo/CNA-Senar

Começou nesta semana e segue até 31 de dezembro a terceira etapa da campanha de vacinação contra a PSC (Peste Suína Clássica) no estado de Alagoas. A previsão é imunizar cerca de 130 mil suínos em sete mil propriedades.

A iniciativa faz parte do projeto piloto de implantação do Plano Estratégico Brasil Livre de Peste Suína Clássica no estado, lançado em 2021 pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) em conjunto com a Adeal (Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas) e a iniciativa privada.

Os recursos que serão utilizados para executar a campanha são provenientes de parceria público-privada e os investimentos somam aproximadamente R$ 6 milhões. As doses que serão utilizadas nesta etapa da vacinação foram adquiridas pelo Mapa e a distribuição ocorrerá em parceria com a Adeal.

“Mesmo vivendo um momento desafiador para a suinocultura, com a elevação dos custos de produção e economia mundial conturbada, o setor vem investindo sistematicamente na erradicação da PSC do Brasil”, afirma o diretor do Departamento de Saúde Animal, Geraldo Moraes.

Os produtores de suínos poderão ter acesso à vacinação de forma gratuita. O armazenamento das doses será realizado em revendas agropecuárias parceiras e a aplicação será feita por meio de vacinadores contratados pela iniciativa privada.

Erradicação da doença

A campanha de imunização contra a PSC em Alagoas é o início de uma ação maior que tem o objetivo de erradicar a doença nos estados que compõem a Zona Não Livre do Brasil, conforme prevê o Plano Estratégico Brasil Livre de PSC, onde as responsabilidades são compartilhadas entre o setor público e privado.

“O Mapa também já investiu na contratação de consultoria técnica para auxiliar na avaliação das melhores estratégias para a ampliação da vacinação para outras UFs do nordeste considerando o cenário produtivo e sócio-econômico da região e na aquisição de vacinas contra a doença”, explica Moraes.

A doença, também conhecida como febre suína ou cólera dos porcos, é viral, altamente contagiosa e afeta somente suínos domésticos e selvagens, não sendo transmissível a humanos. Os principais sinais clínicos nos animais são febre alta, lesões avermelhadas na pele, conjuntivite, falta de apetite, fraqueza, diarreia e aborto.

Além de Alagoas, outros dez estados fazem parte da zona não livre da doença: Amapá, Amazonas, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Roraima.

Foto: Luiza Leticia/Embrapa

Zonas livres 

As zonas livres de PSC do Brasil são reconhecidas pela OMSA (Organização Mundial de Saúde Animal) e a vacinação é proibida. Atualmente, a zona livre concentra mais de 95% de toda a indústria suinícola brasileira. Toda a exportação brasileira de suínos e seus produtos partem dessa área que incorpora 15 estados brasileiros e o Distrito Federal (RS, SC, PR, MG, SP, MS, MT, GO, DF, RJ, ES, BA, SE, TO, RO e AC) e não registra ocorrência da doença de PSC desde janeiro de 1998.

Os limites entre as zonas livre e não livre de PSC são protegidos por barreiras naturais e postos de fiscalização, onde procedimentos de vigilância e mitigação de risco para evitar a introdução da doença são adotados continuamente.

Com informações do Mapa

Foto de capa: Wenderson Araújo/CNA-Senar


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