Acre e o Amazonas entram em quarentena para conter praga do cacaueiro

Durante o período está proibido o trânsito de frutos e plantas hospedeiras da Moniliophthora roreri para as demais regiões do país

27/11/2022 às 14:00 atualizado por Daniel Catuver - SBA | Siga-nos no Google News
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Nesta semana, o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento publicou a Portaria nº 703 em que declara os municípios de Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Rodrigues Alves, Marechal Thaumaturgo e Porto Walter no estado do Acre como área sob quarentena para a praga quarentenária ausente Moniliophthora roreri, causadora da doença conhecida como Monilíase do Cacaueiro. O texto também inclui todo o estado do Amazonas.

Conforme o texto, fica proibido o trânsito de materiais vegetais (frutos, plantas) hospedeiros da praga (espécies do gênero Theobroma e Herrania) para as demais unidades da Federação durante todo o período. Essa é uma medida cautelar que tem o objetivo de dar o suporte legal necessário às ações de fiscalização das agências estaduais de Defesa Agropecuária para evitar a dispersão da praga para as áreas onde não há presença da doença, principalmente para as regiões produtoras de cacau e cupuaçu.

A coordenadora-geral de Proteção de Plantas do ministério, Graciane de Castro, destaca a inclusão das novas áreas entre 2021 e 2022. “Até então, a área de quarentena abrangia somente o município de Guajará (AM), localizado na divisa com o Acre, devido à ocorrência do primeiro foco da praga confirmado no país, detectado no município de Cruzeiro do Sul (AC) em 2021. Agora, com o novo foco, todo o estado do Amazonas fica sob a área de quarentena”, explica.

O período de quarentena para todo o estado permanecerá vigente até que sejam concluídos os trabalhos de delimitação da área exata da incidência da praga, bem como a estruturação das medidas para prevenir e erradicar a doença conforme o Plano Nacional de Prevenção e Vigilância de Moniliophthora roreri.

Foco da doença

Um novo foco da Monilíase do Cacaueiro foi detectado no município de Tabatinga, no Amazonas, na região da tríplice fronteira entre o Brasil, Colômbia e Peru. Dessa vez, o caso foi registrado em comunidades rurais ribeirinhas.

A doença, que atinge somente as plantas hospedeiras do fungo, sem riscos à saúde humana, afeta plantas do gênero Theobroma, como o cacau (Theobroma cacao L.) e o cupuaçu (Theobroma grandiflorum), e causa perdas na produção e uma elevação nos custos devido à necessidade de medidas adicionais de manejo e aplicação de fungicidas para o controle da praga.

O Mapa alerta que, devido ao potencial de danos, é fundamental a notificação imediata de quaisquer suspeitas de ocorrência da praga nas demais regiões do país às autoridades fitossanitárias locais.

Com informações e foto do Mapa


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