Previsão para inflação em 2022 sobe para 5,88%

Mercado financeiro também elevou a projeção para o PIB neste ano

21/11/2022 às 11:03 atualizado por Daniel Catuver - SBA | Siga-nos no Google News
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O Boletim Focus desta semana, publicado hoje (21) pelo Banco Central, mostra que a previsão do mercado financeiro para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), considerada a inflação oficial do país, subiu de 5,82% para 5,88% neste ano. A estimativa, divulgada semanalmente, leva em consideração a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos. Para os próximos três anos, a previsão da inflação ficou em 5,01%, 3,5% e 3%, respectivamente.

A previsão para 2022 está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo Banco Central, definida pelo Conselho Monetário Nacional em 3,5% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 2% e o superior de 5%. Da mesma forma, a projeção do mercado para a inflação de 2023 também está acima do teto previsto. Para 2023 e 2024, as metas fixadas são de 3,25% e 3%, respectivamente, também com os intervalos de tolerância de 1,5%. Ou seja, para 2023 os limites são 1,75% e 4,75%.

De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em outubro, a inflação subiu 0,59%, após três meses de queda de preços. Com o resultado, o IPCA acumula alta de 4,7% no ano e 6,47% em 12 meses.

Taxa de juros

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida pelo Copom (Comitê de Política Monetária) em 13,75% ao ano. A taxa está no maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava nesse patamar.

Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic feche o ano nos mesmos 13,75%. Já para o fim de 2023 a estimativa é de que a taxa básica caia para 11,5%. Em 2024 e 2025, segundo a projeção, o indicador deve ficar em 8%.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Quando a Selic reduz, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

PIB e câmbio

Ainda segundo o Boletim Focus, a previsão das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano também subiu, de 2,77% para 2,8%. Para 2023, a expectativa para o PIB (Produto Interno Bruto), que corresponde à soma de todos os bens e serviços produzidos no país, é de crescimento de 0,7%. Para 2024 e 2025, o mercado financeiro projeta expansão em 1,7% e 2%, respectivamente.

A expectativa para a cotação do dólar está em R$ 5,25 para o final deste ano, enquanto que para o fim de 2023 a previsão é de que a moeda americana fique em R$ 5,24.

Com informações e foto de capa da Agência Brasil


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