IBGE: Inflação sobe 0,59% em outubro

Alta foi registrada após três meses consecutivos de deflação

11/11/2022 às 21:00 atualizado por Daniel Catuver - SBA | Siga-nos no Google News
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Dados divulgados hoje (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, mostram que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) subiu 0,59% em outubro. O movimento de alta foi observado após o indicador apresentar deflação de 0,68% em julho, 0,36% em agosto e 0,29% em setembro.

Segundo o instituto, com o resultado, a inflação acumula alta de 4,70% no ano e de 6,47% em 12 meses. Em outubro do ano passado, o IPCA fechou em 1,25%.

Na divisão por grupos, as altas mais intensas ocorreram nas áreas de Vestuário (+1,22%) e Saúde e Cuidados Pessoais (+1,16%). As maiores influências no índice vieram dos grupos Alimentação e Bebidas (+0,72%) e Transportes (+0,58%). Apenas a Comunicação apresentou queda (-0,48%), puxado pelo subitem “plano de telefonia móvel” (-2,05%).

De acordo com o IBGE, os itens e subitens com os maiores impactos individuais no IPCA do mês foram passagem aérea, higiene pessoal e plano de saúde, que tiveram aumento de 27,38%, 2,28% e 1,43%, respectivamente.

Entre os alimentos, a alta foi puxada pela alimentação no domicílio, que ficou 0,80% mais cara, com forte influência do aumento do preço da batata-inglesa (23,36%) e do tomate (17,63%). O instituto também registrou alta na cebola (9,31%) e nas frutas (3,56%).

Quedas

Em outubro, o leite longa vida ficou 6,32% mais barato depois de recuar 13,71% em setembro. Já o óleo de soja caiu pela quinta vez seguida, agora em -2,85%. A alimentação fora do domicílio subiu 0,49%, com a desaceleração do lanche de 0,74% em setembro para 0,30% em outubro e o aumento na refeição de 0,34% para 0,61% na passagem mensal.

Conforme o estudo, os combustíveis também reduziram em 1,56% para a gasolina, 2,19% para o óleo diesel e 1,21% para o gás veicular. Somente o etanol registrou alta, de 1,34%. O IBGE aponta também o recuo de 3,13% no transporte por aplicativo após a alta de 6,14% em setembro.

O grupo Vestuário segue com tendência de alta desde a retomada das atividades após o isolamento social imposto pela pandemia da covid-19, com aumento nos preços das roupas masculinas (1,70%) e femininas (1,19%). Segundo o instituto, o grupo acumula a maior variação em 12 meses, com 18,48%.

INPC

O IBGE também divulgou hoje que o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) teve alta de 0,47% em outubro. A alta acumulada no ano está em 4,81% e nos últimos 12 meses em 6,46%.

Em outubro de 2021, o indicador fechou em 1,16%. Nesta análise, os produtos alimentícios passaram de queda de 0,51% em setembro para alta de 0,60% em outubro. Já os não alimentícios, que haviam recuado 0,26% em setembro, subiram 0,43%.

O IPCA reflete a inflação para as famílias com rendimentos de um a 40 salários mínimos e o INPC abrange as famílias com rendimentos de um a cinco salários mínimos.

As regiões pesquisadas são as metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, além do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.

Com informações e foto de capa da Agência Brasil


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