Produção de soja se recupera e safra de grãos será recorde em 2023

Produção de arroz apresentou declínio, aponta o IBGE

13/11/2022 às 09:38 atualizado por Elaine Silva - SBA | Siga-nos no Google News
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A recuperação da soja puxou a primeira projeção do IBGE ( Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para a safra brasileira em 2023. Segundo o levantamento divulgado nesta quarta-feira (9), que prevê uma safra brasileira de grãos, cereais e leguminosas recorde de 288,1 milhões de toneladas em 2023. 

Segundo o primeiro prognóstico do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) esta produção significa um novo recorde na série histórica iniciada em 1975 e representa um aumento de 9,6% em relação às estimativas de 2022, ou 25,3 milhões de toneladas a mais. 

O aumento da produção deve-se, principalmente, à maior produção prevista para a soja (19,1% ou 22.783.143 toneladas), para o milho 1ª safra (16,8% ou 4.273.026 toneladas), para o algodão herbáceo em caroço (2,0% ou 82.558 toneladas), para o sorgo (5,7% ou 160.057 toneladas) e para o feijão 1ª safra (4,9% ou 53 514 toneladas).

Foram estimados declínios na produção para o arroz (-3,5% ou -374.380 toneladas), para o milho 2ª safra (-0,2% ou -163.690 toneladas), para o feijão 2ª safra (-9,5% ou -124.796 toneladas), para o feijão 3ª safra (-3,7% ou -24 607 toneladas) e para o trigo (-12,1% ou -1.155.066 toneladas).

Com relação à área prevista, apresentam variações positivas a soja em grão (1,2%) e o milho em grão 1ª safra (0,9%), e variações negativas para o arroz em casca (-4,1%), o milho em grão 2ª safra (-0,6%), o sorgo (-1,5%), o feijão 1ª safra (-1,4%), o feijão 2ª safra (-0,1%), o feijão 3ª safra (-0,5%), o algodão herbáceo em caroço (-0,1%) e o trigo (-1,6%).

A produção deve crescer no Paraná (28,4%), no Rio Grande do Sul (52,5%), em Goiás (1,6%), no Mato Grosso do Sul (8,4%), em Minas Gerais (2,3%), em Santa Catarina (15,2%), no Tocantins (7,0%) e em Rondônia (4,1%), apresentando declínio no Mato Grosso (-0,3%), em São Paulo (-6,5%), na Bahia (-3,3%), no Maranhão (-2,4%), no Piauí (-4,8%), no Pará (-3,3%) e em Sergipe (-0,1%).

Safra 2021/2022

A estimativa para safra 2022 apresenta um aumento de 3,8% maior que colheita anterior. De acordo com o levantamento para outubro tem há previsão é de recorde de 262,8 milhões de toneladas, 3,8% (ou 9,6 milhões de toneladas) maior que a obtida em 2021 (253,2 milhões de toneladas) e 0,3% (ou 898.911 toneladas) acima da estimativa de setembro.

Em termos de área a ser colhida, a estimativa é de 73,3 milhões de hectares, 6,8% maior que em 2021 (mais 4,7 milhões de hectares) e 0,1% (51.991 mil hectares) maior que o previsto em setembro. O arroz, o milho e a soja são os três principais produtos deste grupo, que, somados, representam 91,6% da estimativa da produção e respondem por 87,1% da área a ser colhida.

No comparativo com o ano anterior, houve aumento de 10,4% na área do milho, sendo 6,8% no milho 1ª safra e 11,7% no milho 2ª safra, além de alta de 4,8% na da soja e de 10,8% na do trigo, ocorrendo declínio de 2,6% na área do arroz.

Quando se leva em consideração a produção, o LSPA mostra um aumento de 15,2% para o algodão herbáceo em caroço, de 22,6% para o trigo e de 25,7% para o milho, com redução de 1,1% no milho na 1ª safra e aumento de 36,8% no milho na 2ª safra. Houve decréscimos de 11,5% para a soja e de 8,1% para o arroz em casca.

Com informações do IBGE
Foto capa: Gilson Abreu/AEN-PR
 


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