De acordo com o Boletim Focus, divulgado hoje (7) pelo Banco Central, a previsão do mercado financeiro para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), considerada a inflação oficial do país, subiu de 5,61% para 5,63% para este ano. De acordo com a pesquisa semanal que revela a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos, para 2023, 2024 e 2025 a projeção da inflação ficou em 4,94%, 3,5% e 3%, respectivamente.
A previsão para este ano está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo Banco Central, definida pelo Conselho Monetário Nacional em 3,5%, com intervalo de tolerância de 1,5% para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 2% e o superior de 5%. Da mesma forma, a projeção do mercado para a inflação do próximo ano também está acima do teto previsto. Para 2023 e 2024, as metas fixadas são de 3,25% e 3%, respectivamente, também com os intervalos de tolerância de 1,5%. Ou seja, os limites são 1,75% e 4,75%.
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em setembro, houve deflação de 0,29%, sendo o terceiro mês seguido de queda no indicador. Com o resultado, o IPCA acumula alta de 4,09% no ano e 7,17% em 12 meses. Para outubro, o IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15), que é a prévia da inflação, também teve aumento de 0,16%.
Taxa de juros
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 13,75% ao ano pelo Copom (Comitê de Política Monetária). A taxa está no maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava nesse patamar e, segundo o mercado financeiro, deve permanecer assim até o final de 2022. Para o fim de 2023, a projeção é de Selic em 11,25% e de 8% em 2024 e 2025.
PIB e câmbio
Ainda conforme o boletim, a projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano se mantém em 2,76%. Para 2023, a expectativa para o PIB (Produto Interno Bruto) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - é de crescimento de 0,7%. Para 2024 e 2025, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,8% e 2%, respectivamente.
A expectativa para a cotação do dólar manteve-se em R$ 5,20 para o final deste ano. Para o fim de 2023, a previsão é de que a moeda americana se mantenha nesse mesmo patamar.
Com informações e foto de capa da Agência Brasil