Uso de sorgo na ração do Tambaqui reduz custos e controla parasitas

A espécie nativa é mais produzida em piscicultura no Brasil

06/11/2022 às 07:16 atualizado por Patrícia Martins* - SBA | Siga-nos no Google News
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Um pesquisa realizada pela Embrapa Amazônia Ocidental mostra que a inclusão de sorgo na ração do Tambaqui (Colossoma macropomum) reduziu os custos de alimentação sem comprometer o crescimento da espécie.

Na piscicultura, o gasto com alimentação corresponde a cerca de 70% do custo total da produção. Por isso, a pesquisa buscou alternativas que pudessem reduzir o custo da ração que, atualmente, é fabricada à base de farelo de soja e milho, que possuem alta oscilação de valor no mercado internacional.

Já o sorgo (Sorghum bicolor), uma planta com composição semelhante ao milho e com menor custo de produção, tem em suas caracteríticas a rusticidade, possibilidade de cultivo na entressafra e boa adaptação em solos mais pobres em fertilidade e com déficit hídrico.  

A pesquisa identificou que a utilização de sorgo de baixo tanino (uma substância química natural presente na planta) para nutrição de juvenis de tambaqui em substituição ao milho, propiciou uma redução de 27,4% no custo da alimentação, quando o nível de inclusão desse ingrediente foi de 40%.

Outro dado importante da pesquisa é que o uso do sorgo de alto tanino reduziu e controlou os parasitas em  44% para acantocéfalos, parasitas externos que se fixam principalmente nas brânquias que prejudica a respiração dos animais, e de 83% para monogeneas, parasitas internos que se fixam na parede intestinal que consequentemente gera o atraso no crescimento e em alguns animais mais debilitados, causa a morte.

Com as informações e foto de capa da Embrapa

*Com supervisão de Daniel Catuver, jornalista

 
 


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