O Ato nº 50 do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas, da SDA (Secretaria de Defesa Agropecuária), publicado ontem no Diário Oficial da União, traz o registro de 46 defensivos agrícolas formulados, ou seja, produtos que estarão disponíveis para uso dos agricultores. Do total registrado, 18 deles são de baixo impacto e, entre eles, seis possuem uso autorizado na agricultura orgânica.
A novidade é o registro do produto de baixa toxicidade com ingrediente ativo novo, chamado de Phthorimaea operculella granulovírus, que teve aprovação para controle da traça do tomateiro, tornando-se uma opção para o manejo dessa praga. Outro ingrediente ativo inédito, à base do óleo essencial de Cinnamomum verum, teve dois produtos registrados para o controle da mosca-branca (Bemisia tabaci raça B) na cultura da soja, uma das pragas prioritárias para o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento).
Agricultura orgânica
Seis produtos estão liberados para a agricultura orgânica (Foto: Mapa)
Para a agricultura orgânica, o registro foi de uma isca formicida à base do extrato da planta Tephrosia candida. É o segundo registro de um formicida a partir da Especificação de Referência nº 04, para controle de formigas cortadeiras Atta sedens rubropilosa e Atta laevigata.
Outra praga também considerada como prioritária, o fungo Sclerotinia sclerotiorum, que causa o mofo-branco, teve o registro de dois produtos biológicos à base de Trichoderma afroharzianum, linhagem CEN 287.
Registros químicos
Com relação aos registros químicos, o destaque foi para os do herbicida Diquat, considerado o substituto do Paraquat, aumentando as opções para o sojicultor na safra que se inicia.
Todos os produtos registrados foram analisados e aprovados pelos órgãos responsáveis pela saúde, meio ambiente e agricultura, seguindo critérios científicos e alinhados às melhores práticas internacionais.
Revisão das Regras
O Mapa, Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) estão trabalhando na revisão das regras aplicadas aos produtos de origem microbiológica, que possuem baixo impacto e vêm conquistando mercado nos últimos dois anos. O trabalho conjunto resultará na atualização das regras para registro de agrotóxicos de origem microbiológica, que deve otimizar a fase de avaliação deste tipo de produto.
Com informações do Mapa
Foto capa: Pixabay
*Com supervisão de Daniel Catuver, jornalista