Mercado financeiro eleva projeção para crescimento da economia

Expectativa para o PIB cresceu de 2,71% para 2,76% em 2022

24/10/2022 às 11:19 atualizado por Daniel Catuver - SBA | Siga-nos no Google News
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O Banco Central divulgou nesta segunda-feira (24) o Boletim Focus, com a projeção do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos do Brasil. Segundo o informativo, a previsão para o crescimento da economia brasileira este ano subiu de 2,71% para 2,76%. Para o próximo ano, estima-se que o PIB (Produto Interno Bruto), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, cresça 0,63%. Em 2024 e 2025, a expansão deve ser de 1,8% e 2%, respectivamente.

A projeção para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), considerada a inflação oficial do país, reduziu de 5,62% para 5,6% neste ano. Esta é a 17ª queda consecutiva na projeção. Para 2023, a estimativa de inflação ficou em 4,94%. Para 2024 e 2025, as previsões são de 3,5% e 3%, nesta ordem.

A previsão para 2022 está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo Banco Central. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,5% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2% e o superior 5%.

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em setembro foi registrada deflação de 0,29%, puxada principalmente pela queda de preços de combustíveis. Esse foi o terceiro mês seguido de queda generalizada dos preços de produtos e serviços e a menor variação para um mês de setembro desde o início da série histórica, que começou em 1994. Com isso, o IPCA acumula alta de 4,09% no ano e de 7,17% nos últimos 12 meses.

Juros e câmbio

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 13,75% ao ano pelo Copom (Comitê de Política Monetária). A taxa está no maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava nesse patamar.

Amanhã (25) e quarta-feira (26), o comitê realiza a penúltima reunião do ano para discutir possíveis mudanças na Selic, mas a previsão do mercado é que ela seja mantida e feche o ano nos mesmos 13,75%. Para o fim de 2023, a estimativa é de que a taxa básica caia para 11,25% ao ano. Já para 2024 e 2025, a previsão é de Selic em 8% ao ano e 7,75% ao ano, respectivamente.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Quando a Selic reduz, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

A expectativa para a cotação do dólar manteve-se em R$ 5,20 para o final deste ano. Para o fim de 2023, a previsão é de que a moeda americana se mantenha nesse mesmo patamar.

Com informações e foto da Agência Brasil


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