Brasil deve responder por 25% das exportações mundiais de carne em 2023

Embarques devem se aproximar de 37 milhões de toneladas

18/10/2022 às 18:00 atualizado por Ayanne Gladstone* - SBA | Siga-nos no Google News
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Em 2023, o Brasil deve aumentar as vendas externas de carne, mantendo a posição de líder mundial na exportação das carnes de frango e bovina, e de quarto maior exportador de carne suína. A previsão do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) é de aumento de 4% no embarque de carne de frango (4,8 milhões/t), 1% de carne bovina (2,975 milhões/t) e de cerca de 3% de carne suína (1,335 milhão/t). 

Com relação à carne bovina, o órgão norte-americano projeta que o produto responderá por, aproximadamente, 25% das exportações mundiais, alcançando volume superior ao total registrado por dois exportadores mais próximos, Estados Unidos e Nova Zelândia. 

A expectativa é de que a China permaneça como principal compradora do produto brasileiro. O Brasil vende apenas carne bovina desossada ao país asiático, com preços mais competitivos que os norte-americanos e os da Oceania, tornando o mercado brasileiro mais atrativo frente à desaceleração econômica. O USDA estima que os embarques para o Oriente Médio e Sudeste Asiático também devem expandir em 2023. 

Já a carne suína brasileira representará cerca de 10% do total exportado mundialmente. O volume previsto corresponde a quase 13% dos cerca de 10,5 milhões de toneladas apontados. O país chinês continuará sendo também o principal destino, no entanto, devido ao aumento da oferta interna, as importações totais devem apresentar retrocesso. A América do Sul e o Sudeste Asiático permanecem como forte mercado do produto brasileiro, inclusive as Filipinas, onde a peste suína africana segue restringindo o nível de produção. 

Ao todo, as exportações mundiais de carnes para 2023 devem se aproximar dos 37 milhões de toneladas. Caso as previsões do USDA se concretizem, o Brasil responderá por cerca de 25% desse volume.

Com informações da Suisite 

Foto capa: Abiec

Com supervisão de Daniel Catuver, jornalista.*


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