Pequenos produtores de MG investem na fertilização in vitro

Processo é feito em laboratório, utilizando sêmen de touros com padrão genético superior

16/10/2022 às 08:39 atualizado por Ayanne Gladstone* - SBA | Siga-nos no Google News
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Um projeto de melhoria genética do rebanho bovino está beneficiando pequenos produtores do sul de Minas Gerais. Desde 2020, um trabalho de fertilização in vitro e transferência de embriões bovinos foi posto em execução, com o objetivo de melhorar a produtividade dos animais utilizados na produção de leite em cinco municípios da região. A ideia é levar aos pecuaristas familiares as mesmas técnicas disponíveis apenas em médias e grandes propriedades. 

Até o final deste ano, deverão ser feitas 550 transferências de embriões provenientes da fertilização em vitro em rebanhos dos municípios de Santa Rita de Caldas, Ipuiúna, Caldas, Ibitiúra de Minas e Senador José Bento. O trabalho é financiado pelo programa Sebraetec FIV (Fertilização In Vitro), e conta com recursos dos produtores atendidos. A mobilização dos pecuaristas beneficiados, cadastramento e organização da documentação para para a assinatura de contratos, é disponibilizado pela Emater-MG (Empresa da Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais). 

A técnica de fertilização in vitro consiste na fecundação dos oócitos colhidos de vacas doadoras pré-selecionadas. O processo é feito em laboratório, utilizando sêmen de touros provados, com padrão genético superior. Após o cultivo in vitro, os embriões são transferidos para as vacas receptoras, responsáveis pela gestação. 

As vacas doadoras de oócitos são das raças Gir, Girolando ou Holandesa, dependendo exclusivamente da escolha do produtor. Já as receptoras, são animais do rebanho dos pequenos produtores beneficiados. A taxa de prenhez está entre 33% a 40%, índice considerado dentro da média para a técnica. 

“A região possui muitos produtores de leite. A necessidade de fornecer animais com genética superior, aumentando a produtividade de leite no rebanho destes produtores, que muitas vezes não possuem animais de genética superior em suas propriedades”, explica o técnico da Emater-MG, no município de Santa Rita de Caldas, Rodrigo Beck Júnior. 

Com informações e foto da Emater-MG

Com supervisão de Elaine Silva, jornalista.* 


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