Consumo de energia solar aumenta e traz projeções otimistas ao setor

Brasil supera marca de 19 Gigawatts de potência instalada dessa fonte

12/10/2022 às 19:30 atualizado por Daniel Catuver - SBA | Siga-nos no Google News
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O setor brasileiro de energia solar tem comemorado o aumento da adesão aos sistemas de produção de energia fotovoltaica. Dados da  Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica) mostram que o país ultrapassou a marca de 19 GW (Gigawatts) de potência instalada desse tipo de fonte energética, sendo 13 GW de potência instalada em telhados, fachadas e pequenos terrenos, e o restante corresponde às usinas de grande porte. Este é um número considerado histórico pelo setor. A título de comparação, a Usina Hidrelétrica de Itaipu gera 14 GW de potência instalada.

O número consolida a fonte solar como a terceira maior geradora de energia no país, atrás apenas das fontes hidrelétrica (água) e eólica (vento). A captação de luz solar por placas fotovoltaicas e a transformação dessa luz em energia representa, hoje, 9,6% da matriz elétrica do país. De janeiro a setembro, houve aumento de 46,1%, com crescimento médio de 1 GW por mês nos últimos 120 dias.

Com base nos dados da Absolar, a CNI (Confederação Nacional da Indústria) estima que a capacidade instalada poderá dobrar até o início de 2023. O incentivo, em forma de desconto na tarifa, para consumidores instalarem o sistema em suas casas é uma das razões para a projeção.

De acordo com a Lei 14.300/2022, que institui o marco legal da microgeração e minigeração distribuída, os consumidores que instalarem sistema solar em suas residências e empresas até 2023 pagarão mais barato pela tarifa até 2045. A tarifa será calculada apenas sobre a diferença positiva entre o montante consumido e a soma da energia elétrica injetada no referido mês.

A energia gerada por luz solar é uma energia limpa, que não produz resíduo ou poluição. Segundo a Absolar, esse tipo de energia evitou a emissão de 27,8 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade. No entanto, o custo de instalação não é barato. Para residências, o preço médio de instalação é de R$ 25 mil. Já para indústrias, o valor pode chegar a R$ 200 mil.

O preço vem caindo. Segundo a Solstar, empresa do setor, os custos caíram cerca de 44% nos últimos seis anos. Existe ainda um incentivo fiscal, a isenção de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) na venda do kit completo (inversor + módulos). A empresa destaca ainda a abertura de linhas de crédito para compra de sistemas fotovoltaicos.

Sustentabilidade

De acordo com o gerente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Davi Bomtempo, as empresas brasileiras têm buscado adotar a agenda sustentável, indo ao encontro do compromisso firmado pelo Brasil para redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) estabelecidas no Acordo de Paris. O compromisso do país é reduzir 37% até 2025 e 50% até 2030. “Muitas empresas têm investido em projetos de eficiência energética. Isso significa usar menos energia para obter o mesmo resultado, e esse resultado pode ser alcançado por meio de melhorias tecnológicas ou de mudanças na gestão energética das empresas”, afirma.

Com informações e foto de capa da Agência Brasil


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