Em setembro, os brasileiros sacaram R$ 5,9 bilhões a mais do que depositaram na caderneta de poupança, segundo informações do BC (Banco Central), divulgadas na semana passada. A retirada líquida, isto é, saques menos depósitos, é a segunda maior da história, e perde somente para setembro do ano passado, quando as retiradas superaram R$ 7,72 bilhões.
A poupança acumula retirada líquida de R$ 91,07 bilhões nos nove primeiros meses do ano, a maior acumulada para o período desde o início da série histórica de 1995.
Este ano, a caderneta registrou captação líquida (mais depósitos que saques) apenas em abril, quando o fluxo ficou positivado em R$ 3,51 bilhões. Nos demais meses, as retiradas superaram os depósitos, sob um cenário de inflação e endividamento altos, combinado com rendimentos mais baixos por causa dos aumentos da taxa Selic (juros básicos da economia), que tornam outras aplicações de renda fixa mais atraentes.
No ano passado, a poupança registrou retirada líquida de R$ 35,5 bilhões, pressionada pelo fim do auxílio emergencial, rendimentos baixos e endividamento maior dos brasileiros. A retirada líquida só não foi maior do que a registrada em 2015, com R$ 53,57 bilhões, e em 2016, com R$ 40,7 bilhões.
Com informações e foto da Agência Brasil
Com supervisão de Daniel Catuver, jornalista.*