As chuvas de granizo registradas no início da semana passada em Minas Gerais atingiram 16,8 mil hectares de lavouras no estado, segundo balanço realizado pela Emater-MG (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais). O levantamento também aponta que, em 63 municípios, 2.039 produtores rurais tiveram algum tipo de perda. Os maiores prejuízos aconteceram nas regiões sul, Campo das Vertentes, Central e Zona da Mata.
Os plantios de café arábica foram os mais impactados, com 13 mil hectares. O número representa 77% do total atingido pelas chuvas em Minas Gerais. O balanço aponta que 1.090 cafeicultores sofreram algum tipo de perda, e os municípios de Andradas, Coqueiral, Campanha e Paraguaçu, no sul do estado, foram os que tiveram as maiores áreas de café atingidas pelo fenômeno.
A segunda cultura com maior área afetada pelas chuvas de granizo foi a citricultura, com 2,4 mil hectares. Os pomares mais prejudicados estão em Campanha, Paraguaçu e Três Corações, além do Tocantins, na Zona da Mata. Cerca de 190 hectares de lavoura de abacate foram atingidos no Sul de Minas, além de 36 hectares com plantios de uva.
Hortaliças
O balanço também mostra que 302 produtores de hortaliças relataram algum tipo de prejuízo em 503 hectares. Os maiores danos foram registrados em plantios de folhosas, com 212 hectares.
Abastecimento
Os estragos causados pelas chuvas de granizo podem gerar problemas de abastecimento nos mercados municipais, no entanto sem maiores impactos para o estado. O resultado pode acarretar a necessidade de compra de produtos em outras regiões, aumentando o preço final das mercadorias.
Recuperação
A Emater-MG faz um alerta para que os agricultores evitem procedimentos imediatos, porque muitas áreas atingidas podem ser recuperadas, e o tratamento nas lavouras dependerá do tipo de cultura. Segundo o coordenador Willem de Araújo, os produtores atingidos pela chuva que obtiveram crédito rural do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) devem procurar as instituições financeiras. “Essas operações são cobertas pelo seguro do Proagro (Programa de Garantia da Atividade Agropecuária) e Proagro Mais. O produtor deve comunicar as perdas ao agente financeiro, o mais rápido possível, para a indicação de um profissional para a vistoria da área afetada”, explica.
A cobertura do seguro do Pronaf atende contratos de crédito rural renovados a partir de 1º de julho de 2022 (safra 22/23).
Com informações e foto da Emater-MG
Com supervisão de Elaine Silva, jornalista.*