Projeção da inflação cai de 5,88% para 5,74%

Previsão do Mercado Financeiro para o PIB subiu de 2,67% para 2,70%

03/10/2022 às 15:30 atualizado por Daniel Catuver - SBA | Siga-nos no Google News
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O Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (3), indica que a previsão do mercado financeiro para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), considerada a inflação oficial do país, reduziu de 5,88% para 5,74% para este ano. Esta é a 14ª redução consecutiva da projeção, divulgada semanalmente, com a expectativa de instituições para os principais indicadores econômicos.

Para 2023, a estimativa de inflação ficou em 5%. Para 2024 e 2025, as previsões são de inflação em 3,5% e 3%, respectivamente.

A previsão para 2022 está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,5% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2% e o superior 5%.

Em agosto, houve deflação de 0,36%, após queda de 0,68% em julho. Com o resultado, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o IPCA acumula alta de 4,39% no ano e 8,73% em 12 meses. Para setembro, o IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15), que é a prévia da inflação, também teve recuo, de 0,37%.

Taxa de juros

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 13,75% ao ano pelo Copom (Comitê de Política Monetária). A taxa está no maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava em 13,75% ao ano.

Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre o ano nesse patamar. Para o fim de 2023, a estimativa é de que caia para 11,25%, em 2024 para 8% e em 2025 para  7,75% ao ano.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

PIB e câmbio

As instituições financeiras consultadas pelo Banco Central elevaram a projeção para o crescimento da economia brasileira neste ano de 2,67% para 2,70%. Para 2023, a expectativa é que o PIB (Produto Interno Bruto), que corresponde à soma de todos os bens e serviços produzidos no país, cresça 0,53%. Para 2024 e 2025, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,7% e 2%, respectivamente.

A expectativa para a cotação do dólar manteve-se em R$ 5,20 para o final deste ano. Para o fim de 2023, a previsão é de que a moeda americana se mantenha nesse mesmo patamar.

Com informações e foto de capa da Agência Brasil


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