Produtores investem no cultivo de sorgo em período de seca

Cultivo do cereal chegou a 2,9 milhões de toneladas na safra 2021/2022

02/10/2022 às 21:00 atualizado por Ayanne Gladstone* - SBA | Siga-nos no Google News
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O cultivo de sorgo tem atraído cada vez mais atenção dos produtores rurais, porque é uma alternativa de produção com menor necessidade de chuva. No Brasil, dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) apontam que a área de cultivo do cereal foi ampliada em 22,6% e a produção cresceu 40,3%, chegando a 2,9 milhões de toneladas na safra 2021/2022.

O produtor de grão de Birigui (SP), Ricardo Peres, decidiu cultivar o cereal no lugar do milho durante a safra atual. “Acabamos de colher a nossa primeira safra, com produção acima do esperado, com média de produtividade de 90 sacas por hectare. Se eu tivesse plantado milho, teria perdido toda a produção, em virtude da seca e das altas temperaturas da região”, afirma. 

O especialista em grãos da cooperativa agrícola Coopercitrus, Cezario Aparecido Dona, explica que, além da tolerância ao estresse hídrico, o sorgo é uma planta eficiente na absorção de nutrientes, e se aproveita de resíduos das culturas anteriores. “Outra vantagem que só o sorgo tem é que, após a colheita, acontece um rebrote, criando novas plantas que podem ser pastoreadas por gado, e até transformadas em uma nova colheita”, declara. 

O especialista afirma que, para garantir um manejo adequado para a produtividade adequada do solo, o primeiro passo é investir em uma boa adubação, composta por nitrogênio, fósforo e potássio. Nos plantios de fevereiro, o produtor deve empregar adubação de cobertura, com ureia. “É importante fazer o controle das ervas de folhas largas e tigueras com herbicidas e controle de pragas, com destaque para lagarta do cartucho e pulgões”, finaliza. 

Com informações da Climatempo 

Foto capa: Pixabay

Com supervisão de Daniel Catuver, jornalista.* 


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