O ICC (Índice de Confiança do Consumidor), que avalia a percepção dos consumidores quanto à sua situação econômica, avançou 5,4 pontos em setembro, para 89 pontos, o maior nível desde janeiro de 2020. Os dados foram divulgados pelo Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas) na última segunda-feira (26).
De acordo com a coordenadora das Sondagens do Ibre/FGV, Viviane Seda Bittencourt, a confiança dos consumidores subiu pelo quarto mês consecutivo, influenciada pelas perspectivas mais otimistas em relação aos próximos meses. O resultado está relacionado à queda nas expectativas de inflação dos consumidores, para os próximos 12 meses, e a um aumento da confiança em relação ao mercado de trabalho. “Há um aumento na intenção de consumo, exceto para os consumidores de renda mais baixa, o que reflete ainda dificuldades dessa classe. Além disso, a proximidade das eleições tem um efeito potencializador dessas expectativas", explica a pesquisadora.
A alta em setembro decorre da melhora dos indicadores sobre o momento atual e os próximos meses. O IE (Índice de Expectativas) avançou 7,6 pontos, para 100,2 pontos, o maior desde dezembro de 2019, no período pré-pandemia da Covid-19. Já o ISA (Índice de Situação Atual) subiu 1,6 pontos, para 73,3 pontos, resultado superior à março de 2020, no entanto ainda baixo em termos históricos.
O indicador que mede a situação econômica também avançou pelo quarto mês consecutivo. Em setembro, subiu 6,1 pontos para 115,4 pontos, maior índice alcançado desde julho de 2021. A intenção de compra de bens duráveis registrou um aumento pelo segundo mês consecutivo, com 5,4 pontos, uma alta de 16,7 pontos nos dois últimos meses, melhor resultado desde fevereiro de 2019.
Com informações e foto da Agência Brasil
Com supervisão de Elaine Silva, jornalista.*