A GACC (Administração-Geral de Aduanas da China), em reunião com o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) confirmou a conclusão de todas as etapas técnicas para a exportação brasileira de amendoim. A GACC concedeu autorização para 47 empresas brasileiras do setor da semente, habilitadas pelo Dipov (Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal) da Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa.
A China, maior consumidor de amendoim do mundo, importa anualmente mais de USD 800 milhões em amendoim. De janeiro a maio de 2022, foram vendidos 248 milhões de quilos da semente e, segundo o Mapa, o Brasil tem todas as condições para alcançar uma boa participação no mercado externo, ampliando a pauta de vendas para o país asiático.
A abertura do mercado chinês para o amendoim brasileiro faz parte de um pacote de avanços criado por meio de negociações bilaterais de 2022, considerado como, possivelmente, o projeto mais importante em mais de uma década. “Isso mostra que a nossa segunda safra, que é do amendoim, do gergelim e do sorgo, começa a ter espaço nas nossas exportações”, afirma o ministro do Mapa, Marcos Montes.
Também foram concluídas as negociações para exportação de farelo e proteína de soja e polpa cítrica, que podem ser exportadas dentro de poucas semanas. Além do amendoim, a expectativa do ministério é de que as negociações para as vendas de gergelim e sorgo sejam finalizadas em breve. Além disso, o Mapa trabalha para a comercialização de uvas e farinhas de aves e suínos para a China.
Conforme os dados da Abicab (Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas), o Brasil exportou o equivalente a US$ 330,5 milhões de amendoim (256,6 mil toneladas), com países do bloco europeu como principal destino. Com a abertura do mercado chinês para o produto, o Brasil chegou a 43 novos mercados abertos para os produtos agropecuários até setembro deste ano.
Com informações do Mapa
Foto capa: Pixabay
Com supervisão de Elaine Silva, jornalista.*