Atividade econômica cresce 0,6% em julho

Crescimento do PIB evidencia desempenho positivo da indústria e do setor de serviços

21/09/2022 às 22:00 atualizado por Ayanne Gladstone* - SBA | Siga-nos no Google News
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Em julho, a atividade econômica do país cresceu 0,6% com relação a junho, segundo o Monitor do PIB (Produto Interno Bruto), apurado pela FGV (Fundação Getulio Vargas). 

Quando comparada a julho de 2021, o setor demonstra uma expansão de  3,1% em 2022. Já no trimestre móvel encerrado em julho, a expansão foi de 3,3%. A estimativa é de que o acumulado do PIB até julho de 2022 tenha alcançado, em termos monetários, R$ 5.482.820. 

De acordo com a coordenadora da pesquisa, Juliana Trece, o crescimento do PIB evidencia o desempenho positivo da indústria e do setor de serviços na zona de oferta. 

Os dados também indicam que o consumo influenciou no desempenho da economia, padrão observado ao longo do ano. A pesquisadora afirma que, no segundo semestre, o monitor do PIB já esperava o início de uma desaceleração dos gastos, mas o registro de julho sinaliza um aquecimento da economia. “Não sabemos em que momento isso vai desacelerar. A gente tem a expectativa de desaceleração, por causa do patamar elevado de juros, mas o número de julho ainda não mostrou essa expectativa se concretizando”, informa. 

A expectativa é de que a desaceleração ocorra durante o segundo semestre, e de forma mais elevada em 2023. 

Consumo das famílias 

Dados do Monitor apontam que o consumo das famílias cresceu 0,5% no mês de julho, quando comparado ao mês anterior. Houve expansão de 3,6% na comparação interanual, enquanto que, no trimestre móvel, a evolução foi de 4,3%. 

Segundo a FVG, o crescimento foi resultado do desempenho do consumo de serviços e produtos não duráveis. O consumo de itens duráveis têm contribuído negativamente para a alta, e o consumo de semiduráveis apresentou queda em julho, após quatro trimestres móveis consecutivos em desenvolvimento. 

Em relação à formação bruta de capital fixo (FBCF), que sinaliza a ampliação da capacidade produtiva da economia, a produção apresentou uma retração de 0,08% em julho, após cinco trimestres de crescimento.

Na comparação interanual, a retração foi de 0,7%, enquanto houve um aumento de 2,3% no trimestre móvel encerrado em julho. O componente de máquinas e equipamentos foi o único a apresentar queda, 0,5%. Apesar da retração, a pesquisa destaca que, desde o trimestre móvel encerrado em fevereiro, as quedas de máquinas e equipamentos têm sido menores do que as observadas nos períodos anteriores. 

Com informações e foto da Agência Brasil 

Com supervisão de Elaine Silva, jornalista.* 


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