As exportações brasileiras de carne suína atingiram volume recorde em agosto, tendo como base a série histórica da Secex (Secretaria de Comércio Exterior). Dados analisados pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), divulgados na última terça-feira (13), mostram que, em agosto, o Brasil embarcou 114,7 mil toneladas do produto, volume 27,6% superior ao recorde de 2021, com 110,9 mil toneladas, e 27,6% maior do que o exportado no mesmo mês do ano passado.
A receita obtida com as vendas totalizou R$ 1,37 bilhão, 16% a mais que o mês de julho e 26,1% superior a agosto de 2021. A China continua sendo a maior importadora do produto brasileiro, com 49,2 mil toneladas de carne suína compradas em agosto, que equivale a 43% do total embarcado pelo Brasil durante o mês. Outros importantes parceiros comerciais também elevaram suas aquisições em agosto, em especial os países de origem asiática.
O mês também foi marcado pelo início dos envios de carne suína ao Canadá, que importou 50,8 toneladas do produto. A quantidade, apesar de moderada, mostra resultados da procura do setor por parceiros comerciais diversificados, além de validar a qualidade da carne suína brasileira, uma vez que o mercado canadense possui um dos maiores padrões de exigência do mundo.
Compra e concorrência
O poder de compra dos suinocultores paulistas registrou a sexta alta mensal consecutiva, mesmo com a valorização do milho em agosto. A compra foi favorecida pelos aumentos do preço do suíno vivo comercializado no mercado spot, além da desvalorização do farelo de soja.
Já os preços médios da carne suína registraram aumento considerável em agosto, enquanto o mercado de carnes bovina e de frango apresentaram desvalorização. O movimento resultou na perda de competitividade da proteína suinícola com outras concorrentes.
Com informações do Cepea
Foto capa: Embrapa
Com supervisão de Daniel Catuver, jornalista.*