Dados do Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária), divulgados nesta segunda-feira (12), mostram que as vendas de milho até agosto para a safra 2021/22 em Mato Grosso apresentou um volume comercializado de 73,65%. Na comparação com o mês de julho, o avanço foi de 5,77%.
Segundo o instituto, o incremento se deu, principalmente, pela valorização nos prêmios dos portos brasileiros e nas cotações do milho em Chicago, sobretudo, na última semana do mês, que contrabalancearam a queda do dólar no mesmo período. Além disso, a necessidade em escoar a produção recém-colhida incentivou o produtor a travar negócios.
Assim, o preço médio de venda da saca do cereal foi de R$ 63,78, alta de 4,15% frente à média de julho. Contudo, apesar de o avanço ter ganho ritmo no último mês, a comercialização está 13,04% atrasada em relação ao mesmo período da safra passada.
Exportação
Com ampla produção e demanda externa aquecida do milho, o cenário tem favorecido as exportações mato-grossenses para a safra 2021/22. Somente em agosto, de acordo com a Secex (Secretaria de Comércio Exterior), os embarques do cereal somaram 4,19 milhões de toneladas, incremento de 24,02% em relação ao mesmo período da safra anterior.
O movimento de alta esteve ligado ao aumento da produção do milho no estado (43,84 milhões de toneladas) e à demanda externa aquecida. Com o aumento dos envios e a valorização do preço médio exportado, que nesse período ficou 56,28% acima da média das últimas cinco safras (US$265,71/t), outro fator de destaque foi a receita gerada pelos embarques, de 1,12 bilhão de dólares no mesmo período.
Diante do cenário favorável para as exportações do cereal, o Imea espera que Mato Grosso envie para outros países 23,89 milhões de toneladas no acumulado da safra 21/22, volume que corresponde a uma ampliação de 44,49% frente à safra passada.
Com informações do Imea
Foto de capa: Wenderson Araújo/CNA-Senar