Inovação tecnológica beneficia extração de óleo em comunidade do Amapá

Nova forma de manejo aumentou produtividade e qualidade do produto

09/09/2022 às 21:00 atualizado por Ayanne Gladstone* - SBA | Siga-nos no Google News
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A troca de informações científicas e tradicionais entre a Embrapa Amapá e a comunidade ribeirinha Limão do Curuá, no Arquipélago do Bailique, modernizou a extração de óleo de pracaxi, produto utilizado como anti-inflamatório, soro antiofídico e cicatrizante. A inserção de novas tecnologias transformou o material em um grande potencial de mercadoria para indústrias de fármacos e cosméticos. 

A extração de óleos vegetais na Amazônia é uma prática passada de geração em geração, e sua produção é mais expressiva no Amapá, chegando a duas toneladas por ano. O processo envolve coleta, lavagem, descascamento, secagem e trituração das sementes. Por fim, há o preparo da massa, prensagem, escorrimento e envasamento do óleo. 

Segundo a extratora Claudiane Barbosa, a nova forma de manejo do óleo aumentou sua qualidade e produtividade. “Se antes a extração de um litro de óleo de pracaxi demorava três a quatro dias, hoje leva apenas 30 minutos”, afirma. 

A comercialização do óleo promove o desenvolvimento de comunidades que praticam a atividade, além de contribuir para o empreendedorismo feminino, geração de emprego e renda e conservação da Floresta Amazônica. 

Prensa mecânica 

Uma das inovações no processo de extração do óleo de pracaxi foi a substituição da prensa artesanal - feita com a madeira da árvore pracuúba - pela prensa mecânica, fabricada com uma chapa de aço inox e um macaco hidráulico à peça de madeira.  

A prensa artesanal era vulnerável a rachaduras, que se tornam habitat para micro-organismos nocivos, como fungos e bactérias. Em contato com o produto, esses organismos reduzem a qualidade química do óleo. 

O material extraído na nova prensa apresentou qualidade superior ao modelo antigo, além de proporcionar ergonomia mais adequada às mulheres extratoras da comunidade Limão do Curuá, que trabalham com serviços ecossistêmicos ligados à conservação de florestas estuarinas. 

Com informações e foto da Embrapa

Com supervisão de Elaine Silva, jornalista.*


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