Consumo nos lares brasileiros cresce 7,75% em julho

Gastos em 2022 acumulam alta de 2,57%

11/09/2022 às 14:00 atualizado por Ayanne Gladstone* - SBA | Siga-nos no Google News
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O consumo nos lares brasileiros encerrou o mês de julho com alta de 7,75% em relação a junho, segundo indicativo da Abras (Associação Brasileira de Supermercados), divulgados na última quinta-feira (8).

Segundo o levantamento os gastos em 2022 acumulam alta de 2,57%. O indicador apresentou alta de 8,02% na comparação de julho de 2021. O resultado decorre da avaliação em lojas de formato atacarejo, supermercado convencional, loja da vizinhança, hipermercado, minimercado e e-commerce. Os indicadores são deflacionados pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). 

Em julho, o mês teve cinco fins de semana, que contribuíram para o aumento de idas ao mercado. O valor da cesta nacional de 35 produtos de largo consumo, como alimentos, carnes e bebidas, atingiu o menor patamar de 2022, com alta de 0,63%. Em julho, a cesta com estes produtos passou de R$ 773,44 para R$ 778,32. A alta é de 11,10% no ano.

Retração 

O óleo de soja apresentou retração pelo segundo mês seguido, uma queda de 2,41% em comparação com junho. O preço do feijão ficou 1,69% mais baixo, após seis meses de alta. Já o preço do açúcar apresentou a terceira queda em julho, retraindo 0,60%. O arroz acumula queda de 5,77% em 12 meses. 

As maiores quedas nos preços foram dos hortifrutigranjeiros, que pressionaram a cesta nacional desde o início do ano, por causa dos problemas climáticos, altos custos de frete e menor oferta nas regiões produtoras. Entre os produtos estão o tomate (-23,68%), batata (-16,62%) e cebola (-5,55%).  

O preço das proteínas variou menos de 1% no mês de julho. Os destaques foram para a carne traseira (-0,83%), ovo (-0,42%), pernil (-0,43%) e frango congelado (-0,69%). 

Elevação

Em relação aos cortes bovinos a maior alta foi do dianteiro (+1,14%). A cesta nacional também apresentou aumentos impulsionados pelo leite longa vida (+25,46%) e derivados (+5%). Outros itens que demonstraram aumento foram o leite em pó (+5,36%), queijo mussarela (+5,28%), queijo prato (+5,18%) e sal de cozinha (+3,96%). 

O valor médio da cesta nacional no Nordeste foi de R$ 690,64, retração de 0,14%. A queda da região Norte foi de 0,07%, com preço médio de R$ 833,08. No Sul, a variação no preço foi de 0,15%, a menor do ano. O preço médio foi de R$ 880,05 em julho, a mais cara do país. O valor da cesta do Centro-Oeste variou em R$ 716,09 (1,85%) e a do Sudeste em R$ 769,86% (1,86%). 
 

Com informações e foto da Agência Brasil

*Com supervisão de Elaine Silva, jornalista.


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