Estimativa da inflação cai para 6,61% em 2022

Projeção para o PIB subiu de 2,1% para 2,26%

05/09/2022 às 15:00 atualizado por Daniel Catuver - SBA | Siga-nos no Google News
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A previsão do mercado financeiro para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), considerado a inflação oficial do país, caiu de 6,7% para 6,6% neste ano. Esta é a décima redução consecutiva da projeção. A estimativa está no boletim Focus desta segunda-feira (5), pesquisa divulgada semanalmente pelo BC (Banco Central), com a expectativa de instituições para os principais indicadores econômicos.

A previsão para 2022 está acima da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monetário Nacional em 3,5% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5% para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,25% e o superior 5,25%.

Em julho, a inflação recuou 0,68%, após aumento de 0,67% registrado em junho. Com o resultado, o IPCA acumula alta de 4,77%, no ano, e 10,07%, em 12 meses.

Os dados de agosto serão divulgados na próxima sexta-feira (9), mas o IPCA-15, a prévia da inflação oficial, também registrou deflação no mês passado de 0,73%, menor que a de julho (alta de 0,13%), segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Para 2023, a projeção de inflação ficou em 5,27%. Para 2024 e 2025, as previsões são de 3,43% e 3%, respectivamente.

Taxa de juros

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 13,75% ao ano pelo Copom (Comitê de Política Monetária). A taxa está no maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava em 13,75% ao ano.

Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre o ano nesse patamar. Já para o fim de 2023, a estimativa é de que a taxa básica caia para 11,25% ao ano. E para 2024 e 2025, a previsão é de Selic em 8% ao ano e 7,5% ao ano, respectivamente.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Além da taxa Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Do contrário, quando a Selic reduz, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

PIB e câmbio

As instituições financeiras consultadas pelo Banco Central elevaram a projeção para o crescimento da economia brasileira este ano de 2,10% para 2,26%. Para 2023, a expectativa para o PIB (Produto Interno Bruto), que representa a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, é de crescimento de 0,47%. Em 2024 e 2025, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,8% e 2%, respectivamente.

A expectativa para a cotação do dólar manteve-se em R$ 5,20 para o final deste ano. Para o fim de 2023, a previsão é de que a moeda americana também fique nesse mesmo patamar.

Com informações e foto de capa da Agência Brasil


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