Competitividade da carne de frango cresce frente à suína

Estudo do Cepea avaliou movimentação das principais proteínas brasileiras

02/09/2022 às 20:35 atualizado por Daniel Catuver - SBA | Siga-nos no Google News
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Em agosto, a maior oferta de carne de frango no mercado doméstico e a menor liquidez pressionaram os valores da proteína no último mês. Essas condições elevaram a competitividade da proteína frente à carne suína, que registrou valorização no período. Já em relação à carne bovina, houve perda na competitividade, uma vez que o recuo no preço da carcaça casada bovina foi mais intenso do que o verificado para o frango inteiro resfriado.

Estudos do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) apontam que a leve desvalorização da carne de frango em agosto resultou de uma estratégia do setor na tentativa de evitar aumento de estoques, tendo em vista que a oferta do produto já estava alta. No mercado de carne bovina, as quedas foram mais acentuadas, influenciadas pelo baixo consumo da proteína no mercado brasileiro, devido ao fragilizado poder de compra da população.

Já no mercado da carne suína, apesar dos recuos observados no final de agosto, as vendas aquecidas na primeira metade do mês e as consequentes valorizações naquele período resultaram em alta da média mensal.

Nesse contexto, a diferença entre os valores do frango inteiro resfriado e da carcaça casada bovina diminuiu 5,1% entre julho e agosto, passando de R$ 12,90/kg para R$ 12,24/kg, evidenciando a perda de competitividade da carne avícola frente a essa concorrente no último mês. Já a diferença para a carne suína aumentou 26,3%, passando de R$ 2,12/kg em julho para R$ 2,68/kg em agosto e, assim, elevando a competitividade da proteína avícola frente à substituta.

Com informações do Cepea

Foto de capa: Arquivo Canal do Boi


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