Dia do Agricultor: Negócios que saem da terra e vão para a mesa

Os agricultores individuais representam 1,2 mil das microempresas que atuam no meio rural de MS

28/07/2022 às 18:10 atualizado por Débora Oliveira* - SBA | Siga-nos no Google News
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Entre as 4,4 mil empresas de Mato Grosso do Sul que desenvolvem trabalhos na zona rural, 1,2 mil são microempresas individuais, que são compostas por agricultores que decidem fazer da terra um trabalho aliado à natureza, como forma de gerar produção e oportunidade, segundo dados da Receita Federal. 

O Dia do Agricultor, comemorado neste dia 28 de julho, foi criado com o intuito de homenagear o centenário da fundação do Ministério da Agricultura. 

O Sebrae desenvolve dentro de Mato Grosso do Sul ações com a finalidade de fortalecer produtores rurais a partir da participação em feiras, consultorias para desenvolvimento e aprimoramento de produtos. Entre as atividades, estão o Propeq/Dinamiza (Programa Estadual de Apoio aos Pequenos Negócios), Cidade Empreendedora (gestão pública e pequenos negócios) e Pró Pantanal (Programa de Recuperação Econômica do Bioma Pantanal).

A agricultora Ianara Stral, que atua na agricultura familiar desde 2009, participou em um desses trabalhos conjuntos para descobrir novas técnicas e identificar oportunidades para crescimento do negócio de forma sustentável. Com apoio do Pró Pantanal, ela viajou para a 16ª Feira de Sementes Nativas e Crioulas e Produtos Agroecológicos de Juti, no mês de julho. 

O Sítio Paraíso, onde vivem e trabalham Ianara e a mãe, Janes, fica localizado no assentamento Paiolzinho, no município de Corumbá, e está estruturado na venda de hortaliças frescas para consumidores cadastrados em uma lista própria do sítio, além de fornecimento para o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos).

Ianara detalha que o agricultor, hoje em dia, ainda precisa fazer uma análise constante do mercado para conseguir atender a demanda e garantir vendas. “A gente é produtor e vendedor (dos nossos produtos). Temos uma cartela de clientes e, geralmente, são esposas de militares, são militares, pessoas que são de fora da cidade. Eles têm conhecimento de produtos diferentes, como o ora-pro-nóbis, da taioba. Agora estamos com a ideia de aumentar nossa produção para atender esse público”.

Quem também tem buscado oportunidades e se estruturado para o mercado local é o agricultor Júlio Cezar de Souza Cristaldo, do sítio Boa Vista, localizado no Assentamento 72, no município de Ladário. Ele trabalha na propriedade com a esposa, o pai e a mãe dele.

No sítio, eles também cultivam limão, goiaba, abacate, mamão, manga, coco, tamarindo, cajá-manga, jabuticaba. Também preparam o cultivo da mandioca para a raiz ser vendida em Ladário nos próximos meses. “A gente aprende muito nessas feiras (como a de Juti) sobre como produzir de forma orgânica, é uma grande oportunidade. Hoje a gente tem muitos desafios porque nosso clima está seco, principalmente desde 2018. A gente está dando atenção para os porcos agora, com 50 animais. Mas temos também algumas hortaliças e vamos plantar mandioca”.

Além de aprenderem técnicas, os agricultores de Corumbá e Ladário também apresentaram oportunidades para a região sul do Estado, durante a Feira de Juti. Por lá foi apresentada uma espécie de mandioca que consegue ser comercializada no prazo de cerca de quatro meses após o plantio. Em geral, esse cultivo precisa de 8 meses para ser comercializado. 

 

Com informações do Sebrae/MS

Foto capa: Pixabay

*Com supervisão de Elaine Silva, jornalista.


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