RS: Chuvas atrapalham semeadura das culturas de inverno

Produtores buscam no trigo possibilidade de renda após prejuízos na safra de verão

22/06/2022 às 10:35 atualizado por Daniel Catuver - SBA | Siga-nos no Google News
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O excesso de chuvas dos últimos meses tem sido um obstáculo para o início das safras de inverno no estado gaúcho, segundo informações da FecoAgro/RS (Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul). O clima adverso para a implantação do período dá continuidade a uma sequência de dificuldades para os produtores que tiveram que enfrentar a estiagem, que promoveu a quebra nas culturas da soja e do milho, além de impactar outras produções agropecuárias

O presidente da federação, Paulo Cezar Pires, destaca que alguns municípios gaúchos chegaram a registrar precipitações de até mil milímetros nos últimos três meses. "Parece que essa chuva estava represada e isso prejudica enormemente os plantios tanto de canola, que praticamente está sendo finalizada em termos de semeadura no Rio Grande do Sul, quanto do trigo que agora se iniciou. Porém, o plantio de trigo teve início nas regiões mais quentes do Estado e agora temos previsão de uma semana de chuvas, o que pode atrapalhar ainda mais", explica.

A previsão de aumento em 16% da área feita pela RTC (Rede Técnica Cooperativa) se confirma e, diante desse cenário, o produtor gaúcho tem a esperança de rentabilidade com as culturas de inverno. "Com esses preços praticados para o trigo no mundo todo, o produtor aumentou a área, principalmente em cima do orçamento, com a possibilidade de renda que poderá ter, mesmo com a elevação de custo em 51%, e também com a questão de que precisa desta renda", comenta o dirigente.

Agora, a expectativa dos agricultores é pela resolução dos problemas que enfrentam em relação ao Plano Safra. "Infelizmente estamos na metade de junho e não temos um Plano Safra andando nos bancos para os produtores. Isto é muito ruim e o produtor está sendo resiliente para procurar soluções. É uma atitude nobre ser resiliente e resistir a esse momento procurando uma alternativa com estas culturas que estão aí na frente", complementa o presidente da FecoAgro/RS.

Com informações e foto de capa da FecoAgro/RS


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