Adepar orienta sobre o uso de agrotóxicos no cultivo de feijão

De 38 amostras coletas, 26% apresentaram índices de agrotóxicos fora do padrão

15/06/2022 às 14:13 atualizado por Elaine Silva - SBA | Siga-nos no Google News
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Para orientar produtores sobre o manejo correto, com vistas a evitar a contaminação nas principais áreas produtoras de feijão no Paraná, a Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná) realizou um levantamento que apontou índices irregulares de contaminação em 26% das amostras coletadas no Estado no segundo semestre do ano passado.

Analisando as hipóteses para o índice de contaminação, foi identificada a antecipação da dessecação, na qual o agrotóxico pode estar sendo aplicado ainda com a planta toda verde, sendo que a recomendação para uso de glufosinato é para quando a cultura estiver com 50% das vagens secas.

No segundo semestre de 2021, a agência iniciou um trabalho de monitoramento dos resíduos de agrotóxicos no feijão em nível estadual. As amostras foram recolhidas principalmente no momento da colheita. Por serem tomadas nas propriedades é possível garantir a rastreabilidade.

Foram coletadas 38 amostras, das quais 26% apresentaram índices de agrotóxicos fora do padrão, com valores acima do LMR (Limite Máximo de Resíduo) permitido pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) ou proibido na modalidade de uso para a cultura.

Estudo Mapa
Em 2019, um estudo do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) apontou que, no País, cerca de 89% das amostras de feijão-caupi, também conhecido como feijão-de-corda, e 32% do feijão comum apresentaram resíduos de agrotóxicos superior ao limite permitido. Em 2020, os feijões continuaram fora do padrão, com 77% das amostras de feijão-caupi e 37% do feijão comum.

Já em 2022, em ação com o Indea-MT (Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso), o Mapa apreendeu 4,2 mil toneladas de feijão-caupi com resíduo de herbicida proibido para a cultura.

O principal ingrediente ativo detectado nas amostras fora do padrão foi o glufosinato, representando 80%. Esse produto é autorizado para dessecação pré-colheita. Das amostras que apresentaram glufosinato, 20% também apresentaram glifosato, com LMR acima do permitido, indicando mistura de tanque para dessecação. Também foi observada a presença do acefato, autorizado no controle de pragas, representando 10% das amostras fora do padrão.

Com informações e foto do Adapar
 


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